Apps para namorar em confinamento

Com as atividades sociais restritas pela pandemia, as aplicações de encontros estão em alta e adicionaram ferramentas para ajudar a encontrar boas ligações online.

Há quase um ano sob formatos variados de distanciamento social, os solteiros que andam à procura de companhia aderiram em massa às soluções digitais para conhecerem novas pessoas. De acordo com um estudo da Apptopia, publicado em novembro passado, as aplicações (apps) de namoros estão em alta. As 20 mais usadas do mercado ganharam 1,5 milhões de utilizadores diários em 2020, invertendo a tendência de queda que se vinha verificando. Não são só os nomes grandes que estão a crescer, como Tinder e Bumble, mas também apps de nicho, como a Flutter e a Bubbli, ou as que são viradas para a comunidade LGBTQ+, Grindr e Her.

A adição de conversas por vídeo dentro das apps, sem necessidade de revelar informação pessoal, ajudou ao crescimento. E com as regras de distanciamento social a estenderem-se a 2021, a expectativa é de que a subida se mantenha. No mês do amor, ficam algumas das mais descarregadas em 2020.

Happn

Esta app é virada para o imediatismo local, mostrando os perfis dos outros utilizadores que cruzaram o seu caminho recentemente.
A disposição dos perfis mostra onde e a que horas ambos se encontraram no mesmo sítio e permite mostrar interesse com um “gosto”. Se for mútuo, é possível abrir uma conversa. A opção paga – a Premium custa entre 14,99 euros por um mês e 53,99 por seis meses – dá a capacidade de ver quem gostou do seu perfil e a possibilidade de dizer olá a outros perfis.

Plenty of Fish


Operada pelo mesmo grupo que detém o Tinder, a Plenty of Fish é mais antiga e tem como vantagem uma grande abrangência, com 150 milhões de utilizadores. Não tem funcionalidades complexas e talvez por isso é popular: o perfil pode ter apenas idade, nível de educação e profissão e está pronto para a excursão exploratória. Tem uma versão paga com mais opções (assinaturas pagas em dólares que vão dos 38,99 por três meses aos 89,99 por um ano), mas a possibilidade de fazer encontros por vídeo, essencial na pandemia, é gratuita.

Tinder

A app que popularizou o deslizar de perfis para a direita (sim) ou para a esquerda (não) lidera os rankings: em 2020, foi descarregada por 74 milhões de pessoas. É simples de usar e permite a rápida criação de um perfil, com apenas umas frases e fotos. Baseia-se na proximidade – quem anda à procura perto de mim? -, tem chamada de vídeo e adicionou um “botão de pânico” para o caso de um encontro não correr bem. É gratuita mas tem opções pagas: o Tinder Plus (4,99 euros/mês), que permite dar gostos ilimitados, e o Tinder Gold (14,99 euros/mês), que dá para ver quem lhe pôs likes.

Bumble

Criado por uma das cofundadoras do Tinder, o Bumble diferencia-se porque é a mulher que tem de enviar a primeira mensagem quando há uma correspondência. Também inclui chamadas de vídeo e tem um formato alternativo para quem procura apenas amigos. Sharon Stone foi uma das utilizadoras mais célebres da app, tendo sido reportada várias vezes porque os utilizadores achavam que o perfil era falso. É grátis, mas tem uma opção Boost, cuja assinatura custa 9,99 euros, e pode adquirir pacotes de BumbleCoins para obter melhoramentos (preços entre 1,99 e 34,99 euros).

Facebook Encontros

Não é uma app isolada, daí não aparecer no ranking das mais descarregadas, mas em pouco mais de um ano tornou-se extremamente popular. A Facebook Encontros (ou Dates, no original) é uma funcionalidade dentro da rede social que encoraja os utilizadores a encontrarem relacionamentos de longa duração, não encontros pontuais. As correspondências baseiam-se nas preferências e atividades de cada utilizador, sendo possível selecionar até nove “paixões secretas” entre os amigos.