Se instala o seu escritório em casa, pode cair na tentação de cometer erros que dão cabo da produtividade. Não misture as coisas, a bem da sua sanidade mental, do bem-estar da sua família e da sua vida profissional. Ser disciplinado é uma regra básica.
Trabalhar a partir de casa já não é coisa do futuro, é coisa de agora, do presente. Há, porém, vícios e hábitos a evitar para não misturar tudo e para que a vida – e a produtividade – funcione. Para que a casa não se transforme num local de trabalho e para que esse espaço de trabalho não engula a casa. Por isso, se trabalha em casa tem de evitar certos comportamentos para que a confusão não se instale na sua cabeça e no seu sofá. Tome nota destas oito regras essenciais:
Primeira regra: defina horários de trabalho e pausas. Pensa-se que o dia estica e há tempo para fazer tudo, mas não é bem assim. É preciso definir a hora de começar a trabalhar e a hora de parar, bem como os dias que se devem dedicar ao trabalho, para não correr o risco de não ter fins de semana ou feriados de descanso. Desta forma, com tudo certinho, até pode sair para ir beber um café e ler o jornal antes de mais uma jornada.
Segunda regra: não passe o dia de pijama vestido e não se sente frente à televisão com a desculpa que são só cinco minutos para ver o resto do filme do dia anterior. Vista-se como se fosse para a rua e discipline-se. Sem isso, as fronteiras diluem-se e a produtividade ressente-se.
Terceira regra: não instale o seu escritório no quarto. Separe as coisas – e as áreas de trabalho. Se precisa de concentração, não será certamente no quarto onde dorme que conseguirá estar verdadeiramente focado no que tem a fazer na sua vida profissional. Mesmo que viva num apartamento pequeno, evite a tentação de levantar-se da cama e, dois segundos depois, estar sentado numa secretária, muito possivelmente com um computador à frente.
Não instale o escritório no quarto e não ande todo o dia de pijama vestido. Não caia na tentação de levantar-se da cama e sentar-se numa secretária na mesmA divisão.
Quarta regra: a papelada não deve andar espalhada pela casa. Deve definir o seu espaço para não deixar que o lugar onde trabalha invada todos os compartimentos. Mesmo que tenha muitos papéis, tente organizar-se para saber onde estão as coisas e para que quem mora consigo não tropece em papéis. E convém explicar aos elementos da família que o seu espaço de trabalho não é um lugar de convivência ou ponto de encontro. Não precisa de se isolar da família, caso haja pessoas em casa durante o período de trabalho, só que é necessário estabelecer limites para que tudo funcione. E para que consiga concentrar-se.
Quinta regra: resista aos apelos domésticos. Uma máquina de roupa para fazer, aquela gaveta que até acha que consegue arrumar num instante, ir levar o lixo para espairecer um bocado. E, quando olha para o relógio, o dia de trabalho voou e não se concentrou no que devia. Os horários são importantes e as tarefas domésticas devem ter um timming que não colida com o seu dia de trabalho, em vez de serem encaixadas no meio de um telefonema. Casa é casa, trabalho é trabalho. Foque-se no trabalho, não desperdice energias a querer fazer tudo ao mesmo tempo, até porque os esforços podem revelar-se inúteis para todos os lados.
Sexta regra: não transforme o seu espaço de trabalho num restaurante. Por várias razões, sobretudo porque distrai e porque pode aumentar uns quilos no seu corpo, uma vez que há comida à disposição a qualquer hora. Tem de ter uma rotina alimentar disciplinada, com horários definidos para as refeições.
Casa é casa, trabalho é trabalho. resista aos apelos domésticos, não encaixe uma máquina de roupa por fazer ou levar o lixo no meio da jornada de trabalho. não queira fazer tudo ao mesmo tempo. não vai resultar.
Sétima regra: se está em casa, pode ser pai e mãe ao mesmo tempo que trabalha? Pode, claro, se não tiver alternativa, mas não deve. Não funciona. Ou está concentrado no trabalho ou dedicado às crianças. As duas coisas em simultâneo são difíceis de conciliar. É preciso, mais uma vez, estabelecer horários para o convívio familiar, explicar aos filhos a situação para que não haja perturbação na hora do expediente. Se forem crianças pequenas, de colo, controle os objetivos de trabalho que tem, uma vez que terá de dedicar a natural atenção aos pequenos.
Oitava regra: cuidado com os convites dos amigos – que pensam que, por estar em casa a trabalhar, está disponível para um café ou para colocar a conversa em dia. Tente resistir a esses convites quando eles interferem diretamente no seu trabalho. Há milhares de distrações à espreita que podem custar horas ou dias de trabalho. Evite-as. Tudo roda à volta da disciplina.