Dores nas costas? Será que precisa de ajuda?

Campanha "Olhe pelas suas costas" promove rastreio nesta sexta-feira, dia 13, no Arrábida Shopping, no Porto. Sete em cada dez portugueses sofrem de dores nessa parte do corpo. E isso é preocupante.

O sentimento de dor que não passa e persiste no tempo é o principal sinal. Sempre a moer, não alivia, agrava durante a noite. E, normalmente, essa dor surge acompanhada de alterações neurológicas, como perda de força ou de sensibilidade nos braços ou pernas. E há ainda sintomas como febre, perda de apetite, perda de peso. “A perda do alinhamento normal da coluna, com desnivelamento dos ombros, assimetria nos contornos da cintura e de uma bossa/giba na parte de trás do tórax também constituem sinais de alarme”, adianta à NM Jorge Alves, membro da campanha “Olhe pelas suas costas”.

Em Portugal, sete em cada dez pessoas sofrem de dores nas costas e as doenças da coluna vertebral são sinónimo de incapacidades a vários níveis e menos qualidade de vida. Nesta sexta-feira, dia 13, a campanha está no Arrábida Shopping, no Porto, com um rastreio à coluna para avaliar a saúde das costas dos portugueses. Os interessados têm oportunidade de responder a um inquérito digital simples sobre a saúde da sua coluna e ficar a saber se precisam de ajuda médica.

Há vários comportamentos a adotar para não prejudicar a saúde da coluna. “De uma forma genérica, pensamos que uma alimentação saudável, cuidados posturais e com a ergonomia nos postos de trabalho, exercício físico regular e o evitar de consumo de tabaco podem desempenhar um papel importante na prevenção das patologias de coluna”, refere Jorge Alves. “As medidas de prevenção de sinistralidade rodoviária e laboral, assim como campanhas de sensibilização para acidentes de mergulho também são importantes”, acrescenta. Há outros pontos a explorar como os rastreios de deformidades da coluna nos adolescentes, de modo a permitir a deteção precoce, o que normalmente facilita o seu tratamento.

Desvalorizar a dor nas costas pode levar a incapacidade crónica e a campanha, que está há dez anos em movimento no nosso país, chega agora mais perto da população com uma ação de sensibilização para a prevenção e interpretação do tipo de dor. Uma dor mais frequente, de dor transitória que alivia em três ou quatro semanas. Outra mais persistente ou recorrente, com impacto na vida social e profissional e que se pode tornar crónica e incapacitante.

A campanha “Olhe pelas suas costas” é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, em parceria com a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia e Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia. O primeiro rastreio acontece no Porto e, mais tarde, chegará a outros centros comerciais do país.