Berços onde borbulham empresas do futuro

Foto: Rui Oliveira/Global Imagens

O conceito nasceu no Panamá, em 2014, pela mão de dois israelitas, Daniel Rudasevski e Rafael Museri, e está espalhado por várias latitudes. Global é mesmo a palavra-mote dos Selina, espaços que juntam alojamento e coworking, autênticas plataformas de interação entre pessoas de diferentes nacionalidades que ali encontram abrigo que lhes dê asas a sonhos de empreendedorismo que não cabem em escritórios convencionais.

Em Portugal, a primeira cidade a receber um Selina foi o Porto. Em 2018 abriu uma unidade na Rua das Oliveiras, na Baixa. Há pouco mais de um mês, a um quarteirão de distância, foi inaugurado um local de coworking para 90 pessoas. E logo num imóvel emblemático, o chamado Edifício Árabe, proeminente na Rua José Falcão. Foi batizado como Selina Navis e o nome não foi escolhido ao acaso.

Foto: Rui Oliveira/Global Imagens

“Navis é a designação em latim para navio e queremos ser os navegadores do século XXI, proporcionando novas ideias que possam tornar-se referência mundial, tal como os portugueses fizeram aquando dos Descobrimentos”, aponta Manuel Carneiro, diretor-geral do Selina no nosso país. “Que daqui saia uma nova Apple ou uma nova Google é o grande objetivo”, sonha o responsável.

Há vários Selina espalhados de Norte a Sul. Lisboa, Ericeira, Vila Nova de Milfontes já o conhecem, o Gerês verá um inaugurado em breve e há planos de expansão previstos para o próximo ano. “Contamos abrir em Coimbra, em Évora e nos Açores em 2020”, confirma Manuel Carneiro.

Foto: Rui Oliveira/Global Imagens

Pelo Mundo, quem viajar pela Argentina, Peru, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, Grécia, Guatemala, Israel, México, Nicarágua, Panamá, Bolívia e Reino Unido é possível que encontre pelo menos um Selina nestes países. Casas temporárias onde a originalidade é ponto de partida para fazer da diversidade ponto máximo de ligação entre todos.

Foto: Rui Oliveira/Global Imagens

Casa Comum

Brenda Giuriolo e Júlio Valente, ambos brasileiros com 26 anos, adotaram o Selina e o Porto como casa para abrigar os respetivos projetos profissionais. Ela, uma empresa de desenvolvimento comportamental. Ele, uma marca de marketing digital. “É bom estar em contacto permanente com outras pessoas e realidades”, entende Brenda. “É um espaço em que a interação proporciona grandes vantagens e em que estamos muito mais próximos de ver nascer novas ideias”, considera Júlio.