Texto de Ana Patrícia Cardoso/ Fotografia DR
Eram sete da tarde e um cliente enviou um email com o assunto «ASAP» (As Soon As Possible). Depois de um momento de frustração, três criativos de uma agência de publicidade (que preferem manter o anonimato) começarem a cruzar experiências – tão engraçadas quanto bizarras – de trabalho.
Estava dado o mote para a página Palavra do Cliente, que duas semanas depois já tinha dezenas de histórias para contar. Em quatro anos, já conta com mais de oitocentas.
«É libertador ver a nossa «história» e sentir que os outros passam pelo mesmo. É terapêutico.»
«Por semana recebemos cerca de quinze a vinte mensagens», dizem os criadores da página. Garantem ainda que todas as frases são reais e que se gerou um sentido de comunidade. «É libertador ver a nossa «história» e sentir que os outros passam pelo mesmo. É terapêutico.»
O objetivo é encarar as frases com humor mas há algumas que «são só tristes e demonstram muita falta de formação». Inclusive, houve casos em que as pessoas que enviaram uma frase depois pediram para retirar porque tiveram problemas com os superiores.
«Até temos relatos de clientes que em reuniões chegam a dizer: “Vejam lá não metam isto na Palavra do Cliente.”»
No entanto, de forma geral, os profissionais divertem-se com os exemplos postados e até têm «relatos de clientes que em reuniões chegam a dizer: “Vejam lá não metam isto na Palavra do Cliente.”»
Existe a possibilidade de crescer e já houve propostas de parcerias mas, por enquanto, «nada assim enorme que nos fizesse pensar em agarrar e começar daí. Talvez no futuro. Quando tivermos 1000 palavras do cliente se dê o boom!»
Entre as centenas de exemplos que já postaram, há uma que os criativos confessam ter sido marcante porque reflete bem os ambientes de trabalho: «Eu acho que está mal, mas vocês é que são os especialistas.»