Há um ladrão sentimental na ressurreição de Detroit

Foi há cinco anos: a cidade americana de Detroit, em tempos um oásis da indústria automóvel, caiu com estrondo, tornando-se o rosto da maior falência municipal da história dos EUA. Culpa da profunda crise industrial que por lá se instalou desde o início do milénio, com consequências letais como a dívida galopante e a queda do número de habitantes.

Cinco anos depois, o coração de Detroit segue em convalescença mas, aos poucos, volta a pulsar. Para isso muito tem contribuído a Ford, multinacional automóvel que tem investido e ajudado à revitalização da cidade.

A mais recente aposta é a Michigan Central Station, símbolo dos tempos áureos mas também da decadência mais recente. A ideia da Ford é usar o espaço para dar a conhecer uma série de projetos para o futuro dos transportes.

E é aqui que a história ganha contornos inusitados. É que a aposta da marca apelou até ao coração de um ladrão que, há uns anos, quando a estação se transformou num epicentro de roubos e pilhagens, decidiu levar o famoso relógio da estação.

Arrependido, e decidido a dar também ele um contributo para que a Michigan Central Station volte a ser o que era, o larápio contactou a Ford, para perceber como devolver o relógio. Mais vale tarde que nunca.