Investigadores da Universidade de Stanford, no Reino Unido, estabeleceram uma ligação entre altos níveis de aptidão física e baixos níveis de doenças cardíacas.
Manter-se fisicamente em forma poderá ajudar a manter o seu coração saudável, mesmo para aqueles que apresentam um alto risco genético para doenças cardíacas. É esta a conclusão de um estudo da Universidade de Medicina de Stanford, no Reino Unido.
De acordo com os investigadores, que analisaram mais de 440 mil pessoas do banco de dados do Reino Unido, as pessoas com mais força, atividade física e aptidão cardiorrespiratória reduziram os riscos de ataques cardíacos e derrames.
As pessoas não devem simplesmente desistir de fazer exercícios porque têm um alto risco genético para doenças cardíacas
Erick Ingelson, professor de medicina cardiovascular e autor do estudo, intitulado Circulation, esclarece: «as pessoas não devem simplesmente desistir de fazer exercícios porque têm um alto risco genético para doenças cardíacas».
Sendo que, segundo o especialista, a mesma prática se aplica a quem tem um baixo risco genético – o exercício é também essencial nestes casos.
Os 482.702 participantes foram submetidos a vários testes relacionados com os seus níveis de atividade física, sendo que foram utilizados acelerómetros nos pulsos durante sete dias bem como testes de ciclismo «indoor». Foram ainda avaliados os dados genéticos dos participantes.
O estudo confirmou que os inquiridos com elevado risco de doenças de coração e com níveis altos de fitness diminuíram em 49% os riscos cardíacos e em 60% distúrbios relacionados com arritmias
Os investigadores encontraram uma relação entre os altos níveis de fitness e atividade física com testes cardiovasculares negativos, mesmo com pessoas identificadas com a doença arterial coronária – grupo de doenças que inclui angina estável e instável, enfarte do miocárdio e paragem cardiorrespiratória.
Neste sentido, o estudo veio confirmar que os inquiridos com elevado risco de doenças de coração e com níveis altos de fitness diminuíram em 49% os riscos cardíacos e em 60% distúrbios relacionados com arritmias.
Portugueses estão mais familiarizados com sintomas do ataque cardíaco
Aquando do Dia Nacional do Doente Coronário (14 de Fevereiro), o movimento Stent for Life, que pretende salvar vidas através da melhoria do tratamento proporcionado às vítimas de enfarte, fez um estudo sobre a forma como os portugueses reconhecem os sintomas de ataque cardíaco.
De acordo com os resultados do documento, os sintomas mais referidos como indicadores de enfarte foram a dor no peito (95%), arritmias/palpitações (89%) e paralisia/dormência no braço (86%).
Estes valores vieram mostrar que os portugueses estão atualmente mais familiarizados em relação à doença, sendo que 95% associaram à dor no peito, contra 85% do inquérito realizado há seis anos.
No mesmo estudo, a esmagadora maioria afirmou que existem fatores de risco associados ao enfarte do miocárdio e alguns dos quais podem ser evitados.