Texto Sofia Teixeira l Produção e seleção de produtos Rute Cruz l Fotografia Reinaldo Rodrigues/GI e Shutterstock
Chegou a altura do ano em que quem tem memória curta fica em pânico com a quantidade de cabelos na escova e na almofada. Calma: lembre‑se de que é normal o cabelo cair e é normal que caia mais nesta altura do ano.
Temos, a todo o momento, três fases do ciclo capilar a coexistir no cimo da cabeça: há sempre cabelos em fase de crescimento, em repouso e em queda. Em consequência do processo de renovação capilar podem cair entre cinquenta e cem fios de cabelo por dia, um número que no fim do verão e no início do outono pode aumentar.
E esta queda acima do normal está relacionada apenas com a variação da luz solar, que faz que cerca de três meses após o início que alteração da luminosidade haja mais cabelos que estão na fase de quebra. Esta queda sazonal costuma ser mais notada pelas mulheres porque têm cabelo mais comprido e notam‑no com mais facilidade na escova ou na almofada.
Devido ao processo de renovação capilar podem cair entre cinquenta e cem fios de cabelo por dia, um número que no fim do verão e no início do outono pode aumentar.
Apesar de o número de cabelos que caem por dia poder ser um indicador de que alguma coisa está errada, a melhor forma de aferir uma queda fora do normal não é a olhar para a escova, mas para a própria cabeça: se nota que a linha do couro cabeludo está a ficar mais atrás ou se há áreas em que o cabelo começa a ficar menos denso e mais fino pode ser hora de ir ao médico. O especialista que deve consultar é um dermatologista, de preferência que tenha como área de interesse a tricologia – o estudo e tratamento das doenças do cabelo.
Apesar da queda excessiva, na maioria dos casos o cabelo não se perde de repente. Antes de perder para sempre o cabelo em algumas zonas há um processo de miniaturização do folículo: o cabelo não deixa simplesmente de nascer, o que acontece é que quando é substituído por um outro o fio que nasce é mais fraco, fino e quebradiço. E o processo continua até não nascer mais nada.
A queda de cabelo tem impacto psicológico mais negativo e mais estigmatizante para as mulheres.
O cabelo é vulgarmente conhecido como sendo «a moldura do rosto» e apesar de a queda desagradar a muitos homens, esta condição tem quase sempre um impacto maior nas mulheres.
Por um lado, porque o cabelo continua a ser considerado um elemento mais importante em termos estéticos no rosto feminino, por um outro porque a calvície masculina, por ser mais vulgar, é mais aceite. Isso traduz‑se num impacto psicológico mais negativo e mais estigmatizante para as mulheres.
Para prevenir
- Lavar o cabelo com água morna e enxaguar bem.
- Evitar usar demasiado o secador e a placa alisadora.
- Usar escovas de cerdas naturais ou pentes de dentes largos e não escovar o cabelo com demasiada força.
- Espaçar tratamentos agressivos como pinturas, alisamentos e permanentes.
- Evitar medicamentos e suplementos sem indicação médica.
- Fazer uma alimentação equilibrada.
- Não dormir com o cabelo molhado.
- Evitar penteados que deixem o couro cabeludo repuxado.
Para tratar
- Tratamentos a laser. Da mesma maneira que pode ser usado para eliminar o pelo, há tratamentos que fazem o oposto: regeneram‑no.
- Medicação oral ou tópica. Inibe a enzima responsável por transformar a testosterona na hormona responsável pela alopecia androgenética, a mais comum.
- Mesoterapia capilar. Consiste na injeção de substâncias como vitaminas, aminoácidos e enzimas na zona de rarefação capilar, produzindo um estímulo gradual dos folículos.
- Cirurgia. Passa por um transplante de cabelo. A técnica mais utilizada chama‑se transplante de unidade folicular, e pode ser feito extraindo e transplantando faixas de couro cabeludo ou extraindo as unidades foliculares uma a uma da zona doadora para aquela em que o cabelo escasseia.