O fado não é a única paixão de Ricardo Ribeiro

Notícias Magazine

Texto de Texto de Ana Patrícia Cardoso

O Cancioneiro de Lisboa, de João de Castro Osório, ou As Encruzilhadas De Deus, de José Régio, não saíam da casa do fadista Ricardo Ribeiro há muito tempo. Todo o cuidado é pouco a manusear estas edições raras que pertencem ao espólio do fadista. «Já são mais de cem raridades a encher as prateleiras.»

O interesse pela leitura intensificou-se quando foi pai pela primeira vez, aos 25 anos. «O nascimento da Carolina despertou este gosto em mim.» Não é raro vê-lo na Livraria Ferin, no Chiado.

A poesia ocupa um espaço primordial – nos livros e na música – e será celebrada no dia 26 de outubro, quando Ricardo subir ao palco para o Tributo a José Afonso, no Centro Cultural de Belém.

Não descansa enquanto não encontrar «aquele livro» e já chegou a pagar quinhentos euros à Biblioteca Nacional pela digitalização dos cinco volumes do extinto Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado.

Os versos de Régio saem em conversa com uma tremenda fluidez: «Não me peças palavras, nem baladas; nem expressões, nem alma…abre-me o seio; Deixa cair as pálpebras pesadas; E entre os seios me apertes sem receio.»

A poesia ocupa um espaço primordial – nos livros e na música – e será celebrada no dia 26 de outubro, quando Ricardo subir ao palco para o «Tributo a José Afonso», no Centro Cultural de Belém.