
O que é que está a ler?
A Vegetariana, de Han Kang.
O que é que está a escrever?
Um romance sobre o qual não pretendo revelar pormenores.
Quem é o seu escritor preferido?
Gosto de Laços de Família da Clarice Lispector, de O Primo Basílio, de Eça de Queirós, de Desgraça, de Coetzee. Tenho muitos escritores e escritoras favoritos.
Quem é o seu herói da ficção?
Jane Eyre, do romance com o mesmo nome de Charlotte Brontë.
Qual é o seu palavrão preferido?
Não gosto de usar palavrões, embora de vez em quando me saia um ou outro, mas sem preferências.
Que palavra nunca usa?
Conseguimento/ inconseguimento, sinergia, startup…
Quem é a pessoa que mais admira?
Uma senhora da minha rua que dá comida aos gatos vadios e aos pombos e faz ouvidos moucos aos insultos que lhe são dirigidos por quem perdeu o coração.
Que talento gostaria de ter?
Saber tocar um instrumento musical e compor temas que pudesse tocar.
Qual é o seu maior feito?
Conseguir continuar a sorrir.
Se pudesse escolher, em que país teria nascido?
Em Portugal pelo clima e cultura e na Suécia pelo Serviço Nacional de Saúde e salário.
Qual é a sua ideia de felicidade?
Não nos comermos uns aos outros nem aos animais.
Qual é o seu maior medo?
As incapacidades e dependência da velhice.
Qual é o seu lugar preferido do mundo?
A Cova da Piedade.
Que qualidade mais aprecia numa pessoa?
A transparência.
Se pudesse reencarnar, gostaria de voltar em que pele?
Gostaria de viver sem escravidão, dedicando-me à música, habitando uma casa com jardim cheio de plantas e árvores, animais e aves.
Que livro ofereceria a Marcelo Rebelo de Sousa (para ele ler mesmo)?
Ele já leu mais do que eu. Perguntar-lhe-ia que leitura me recomendaria, isso sim.
Se desse de caras com Donald Trump, o que faria?
O mesmo que faço com qualquer outro maluco. Passar despercebida.
Com quem é que gostaria de tirar uma selfie?
Com o Ministro da Educação, se isso me garantisse uma audiência para expor umas ideias.
Qual é o seu lema de vida?
Caminhar em frente e de vez em quando olhar para atrás só para avaliar a distância percorrida.
Qual o final mais marcante que já leu?
Gosto muito da forma como o Luís Sepúlveda termina os seus romances, remetendo para valores ideais, aparentemente transcendentes, mas ao alcance de todos nós. O Velho que Lia Romances de Amor, por exemplo.