«Bromance»: quando os amigos são mais importantes que a namorada

Texto de Ana Patrícia Cardoso | Fotografia Shutterstock

Uma equipa de investigadores da Universidade de Winchester, em Inglaterra, entrevistou 30 homens para examinar as diferenças entre uma amizade próxima entre dois homens heterossexuais e um relacionamento romântico com uma mulher.

«Achamos que a natureza cada vez mais íntima, emotiva e confiante dos “bromances” oferece aos jovens um novo espaço social para divulgação emocional, fora das relações heterossexuais tradicionais», pode ler-se no estudo.

Todos os homens, excepto um, admitiram que abraçam os amigos íntimos e que já dormiram na mesma cama. Todos, excepto dois, disseram que falam dos seus problemas emocionais com o melhor amigo e não com a companheira porque sentem que estão menos sujeitos a julgamentos e preconceitos.

Só na segunda metade do século XX, a demonstração de amizade entre homens se tornou tabu, segundo os pesquisadores da Universidade de Winchester.

São citados exemplos de «bromances» antigos como os dos ex-presidentes dos Estados Unidos, George Washington, que escrevia cartas carinhosas aos amigos, ou Abraham Lincoln, que partilhou a cama com um amigo durante anos.

Só na segunda metade do século XX, a demonstração de amizade entre homens se tornou tabu, segundo os pesquisadores, devido ao aumento da homofobia.

O estudo adianta ainda que esta mudança cultural pode ter implicações na forma como os homens organizam a sua vida, atrasando o momento em que decidem dividir casa com a companheira, casar e começar uma família.