O objeto escolhido pela atriz Emília Silvestre.
“As chamadas ‘borboletas na barriga’ continuam a existir sempre que entro em cena. É coisa que não melhora com a idade e experiência, pelo contrário. Sabermos que esperam de nós o melhor, que confiam em nós, é tremendo! Sinto calafrios antes de entrar. Por isso, tenho uma espécie de ritual de concentração: o texto anda sempre na minha cabeça durante o dia e, à noite, no camarim, volto a folhear todas as páginas da peça, a focar-me na ‘viagem’ que vai começar.…
E, claro, os meus ‘amuletos da sorte’ acompanham-me sempre. São objetos mágicos: surgiram por acaso, ou foram oferecidos por uma pessoa especial e deram-nos uma inspiração diferente e única nesse momento trepidante e apaixonadamente desafiador de partilha com o público.
Este maravilhoso sapo verde é O meu protetor: beijo-o sempre antes de começar e ele sussurra-me palavras bonitas de carinho, coragem e confiança. E, de repente, dou conta que me cresce um sorriso cúmplice nos lábios pela ousadia apaixonada que me faz avançar para o palco.
Sou uma atriz, não me peçam para ser lógica.”
Atriz
63 anos