Leonel de Castro vence prémio SPA pelo trabalho “Despojos de Guerra”

O trabalho começou em 2020

O projeto de fotografia documental, publicado na “Notícias Magazine”, e também na revista “História”, retrata os deficientes profundos, feridos ao longo dos 13 anos da Guerra Colonial.

O fotojornalista Leonel de Castro recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) de Melhor Trabalho de Fotografia por “Despojos de Guerra”.

O projeto de fotografia documental, publicado na “Notícias Magazine”, e também na revista “História”, retrata os deficientes profundos, feridos ao longo dos 13 anos da Guerra Colonial. Amputados de braços, pernas, cegos, que foram capazes de se reinventar depois dos acidentes fatídicos e ter as mais variadas profissões.

O trabalho começou em 2020 e levou o fotojornalista aos três palcos da guerra, já que não se esgota nos deficientes das Forças Armadas portuguesas. Leonel foi também em busca dos que combateram por movimentos independentistas, em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, e dos africanos esquecidos que integraram o Exército português. “A distinção é importante, mas o mais importante é que o trabalho dignifique os protagonistas, que tiveram que lutar pelos seus direitos.”

A SPA distinguiu ainda 20 outros criadores em oito áreas culturais, do teatro à radio, dança e literatura.