Susana Romana

Guterres, o Halloween, o Dia de Todos Os Santos e a entrada no pior mês da história do SNS

Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.

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Esta noite mudou a hora, estando Portugal agora oficialmente na Hora de Inverno. Com isto, os dias ficam mais curtos do que a paciência de Israel para António Guterres.

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Com as alterações climáticas, talvez Hora de Inverno deixe em breve de ser o melhor termo. Vamos ter de mudar o nome para Hora de Tanto Podem Estar 30 Graus Como A Caírem Tsunamis do Céu.

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Estamos a dois dias do Halloween, que se associa aos Estados Unidos e que muitos dizem não fazer sentido assinalar em Portugal. Mas este ano não vamos fazer a coisa por menos: vamos celebrar o Halloween em grande, com a entrada no pior mês da história do SNS, nas palavras de Fernando Araújo, diretor executivo do mesmo. Que susto!

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Na quarta teremos o Dia de Todos Os Santos, no qual a tradição é ir ao cemitério. Espera-se que o PSD vá meter flores na campa das aspirações políticas de Montenegro, que as sondagens não andam fáceis.

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Talvez esteja em desuso pedir o pão por Deus, mas há sempre novas tradições a surgir. Este ano, por exemplo, há cerca de 400 mil portugueses numa petição a pedir o IUC por Medina.

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Foi levantada a suspensão a Miguel Afonso, arguido num caso de assédio sexual a jogadoras que treinava no Rio Ave, por causa da amnistia pela visita do Papa Francisco. Em Portugal talvez se condene um ou outro velho rebarbado, mas novos rebarbados estão safos desde que haja Jornada Mundial da Juventude.

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Em Portugal, o nível de ameaça terrorista subiu de moderado para significativo por “razões de prevenção”, segundo o Ministério da Administração Interna. Mas calma, só se aplica a terrorismo a sério, e não a ministros que têm medo de levar com tinta tantas vezes que ficam clientes premium da 5àsec.

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84% dos professores não aconselham jovens a seguir a carreira docente, diz uma consulta nacional promovida pela Federação Nacional da Educação. Dantes os professores diziam-nos para estudarmos para não acabarmos como caixa de um supermercado (como se houvesse indignidade nisso), agora dizem-nos para estudarmos para não acabarmos professores.

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 29 de outubro – número 1640 – da “Notícias Magazine”]