“Falcon Com Açúcar”, o inquérito à TAP, Carlos III em Portugal e os ratos em Lisboa
Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.
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Terminou a Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, essa grande produção cheia de reviravoltas que fez as delícias das nossas últimas semanas. Mas, se são fãs, não desanimem: de certeza que a TAP nos vai dar novas temporadas de dois em dois anos, tipo “Stranger Things”.
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A telenovela de substituição não foi tão entusiasmante. Chama-se “Falcon Com Açúcar” e é a história de um primeiro-ministro que foi às escondidas ver um jogo de futebol com um amigo à Hungria. Só que foram umas escondidas muito fajutas, já que viu o jogo na tribuna e não escondido atrás de uma rulote de goulash.
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Alegadamente, a ida de Costa à final da Liga Europa teria como fim cimentar a candidatura de Portugal para receber (com Espanha e Marrocos) o Mundial 2030. Foi, portanto, para bem de todos nós, sobretudo aqueles de nós que formos donos de hotéis, tuk-tuks ou restaurantes que servem paella congelada a fingir que é típico.
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Marcelo fez uma “proposta quase irrecusável” a Carlos III para visitar Portugal em breve. Faz sentido ele vir, já que Albufeira é basicamente uma colónia do Reino Unido. Perderam a Índia, mas ganharam a Rua da Oura.
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Lisboa está com um problema de pragas em mãos, com uma média estimada de quatro ratos por cada habitante. Isto pode ser bom se por cada rato existirem quatro tartarugas a quem ensinar artes marciais, como nas Tartarugas Ninja.
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Os eleitores vão poder passar a votar em qualquer assembleia eleitoral do país nas europeias de 2024. O que é ótimo, porque assim uma pessoa pode levar a sua abstenção em tour pelo país.
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O Conselho de Ministros aprovou o perdão de penas e amnistia de crimes e infrações praticadas por jovens entre os 16 e os 30 anos, a propósito da vinda do Papa para a JMJ. No meu tempo, o Cartão Jovem só dava descontos no cinema, sinto-me injustiçada.
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O Belcanto, do chef José Avillez, subiu até à 25.ª posição do ranking The World’s 50 Best, a melhor classificação de sempre para um chef português. E com a crise desceu para a 18 923 896.ª posição no ranking “Restaurantes Onde os Portugueses Conseguem Ir Comer”.
[Artigo publicado originalmente na edição do dia 25 de junho – número 1622 – da “Notícias Magazine”]