Corre, corre, Rosa Mota. A indomável

Há dias, Rosa Mota bateu o recorde do mundo da meia-maratona para atletas entre os 65 e 69 anos

A rubrica "Máquina do Tempo" desta semana recorda a carreira da atleta Rosa Mota, que ainda há dias bateu mais um record.

No início, o amor era maior pela natação e pelo ciclismo. Mas a acessibilidade económica ditou que o seu percurso se faria no atletismo. A escolha iria revelar-se certa. Mesmo depois de diagnosticada, em 1980, com asma de esforço, uma condição que poderia ter desencorajado muitos atletas. Não Rosa Mota. A indomável das corridas.

Com José Pedrosa, médico, amigo, treinador e mais tarde companheiro, desenvolveu um plano de treino específico, adaptado às suas necessidades, permitindo-lhe superar as limitações impostas pela condição de que padecia. Resultou.

Num ápice estava nas bocas do Mundo. Em 1982, Rosa Mota fez história ao sagrar-se campeã da Europa na Maratona de Atenas, na Grécia. Foi a primeira vez que Rosa Mota correu na Maratona e foi a primeira grande vitória de Portugal nesta modalidade. Muitas mais se seguiram.

Há dias, o seu nome voltou às notícias. Bateu o recorde do mundo da meia-maratona para atletas entre os 65 e 69 anos. Na prova realizada em Riga, na Letónia, a campeã olímpica portuguesa percorreu 21,097 quilómetros em 1.26.06 horas. Mais. Ultrapassou a suíça Emmi Luthi com uma diferença de seis minutos. “Continuo a mexer-me muito para incentivar os portugueses a fazer o mesmo, pela sua saúde, quer física quer psíquica. O exercício físico ajuda as pessoas a combater o stress diário”, disse.