Enquanto nos aquecem e protegem da chuva, funcionam também como uma camada de personalidade e estilo. Clássicos ou com padrões, querem-se até aos pés.
Filipe Faísca, designer, diz-nos que os casacos compridos são a “identidade visual que manifestamos ao Mundo”, aquilo que se vê primeiro. Usados, sobretudo, pela nobreza e nas guerras, sempre tiveram “função protetora” primordial, sendo mais tarde “recuperados pelas mulheres”. Hoje em dia, os modelos são vários. “São uma tendência.”
A beleza destes casacos está em serem longos e misturarem várias funções, adequando-se a todos os estilos. Pode gostar mais de um duffle coat. Ou preferir um trench coat. Este, segundo o estilista, “tem a função de abrigar da chuva”, mas “em lã ou cabedal” e comprido torna-se “uma peça completamente diferente”. O mesmo acontece com o bomber, “normalmente desportivo e usado pela cintura”. Quando feito até aos pés, tem outra leitura. Se é fã do clássico sobretudo, “existe com corte de alfaiataria cintado ou a maior tendência, o oversized, afastado dos ombros”. Nas cores, destaca “o vermelho, o amarelo lima e os pastéis”. Além disso, os clássicos preto, camel e branco ficam sempre bem.
Por ser uma peça mais cara, o estilista defende “a escolha de uma fazenda resistente”. A caxemira, material muito desejado “não deve ser usada para o seu casaco do dia a dia por ser frágil”. “Sugiro sempre um corte clássico”, afirma Filipe Faísca. “De alfaiataria ou a versão mais cool, o que eu chamo sobretudo robe.” É aquele “solto, com um cinto do mesmo material”. Isto para que dure toda a vida e seja uma compra acertada.