É doce. É salgado. Tem uma tonalidade dourada. É reluzente. Podemos encontrá-lo em sobremesas, mas não só. Quem é ele? O caramelo salgado.
Quem não gosta de comer algo que até a alma sacia? Dos muitos sabores que o conseguem, há um que agora está mais na moda. Vê-se nos gelados, nas sobremesas e até nos produtos de supermercado. É o caramelo salgado, um agridoce que surpreende.
A iguaria é de origem francesa. Nasceu quando Henry Le Roux, um confeiteiro, juntou ao caramelo manteiga salgada da região da Bretanha. E a receita atual não é muito mais complicada do que a original. O chef Luís Machado, autor do livro “Jantamos cá em casa” e consultor gastronómico, explica como podemos cozinhá-lo. “Junta-se o açúcar com a água e leva-se ao lume. Mexe-se até ferver e o açúcar começar a derreter. Quando dissolvido, colocam-se as natas e uma pitada de flor de sal.” Volta-se a mexer e o nosso caramelo salgado está pronto.
A aposta nesta iguaria é certeira. Rita Martins Godinho, chef de cozinha e proprietária do CAIS B Petiscaria, no concelho do Marco de Canaveses, revela que esse ingrediente consta do menu da casa. “Utilizamos no nosso brownie, serve como recheio e como molho. Assim surpreende o cliente”, diz. Apesar de ser algo que é comum ver atualmente, não parece que vá embora tão cedo. “Os clientes gostam tanto que nem nos deixam retirá-lo da carta”, afirma a chef. Mas, e se é de sobremesas que falamos, a proprietária da petiscaria surge com uma inovação: “Já temos introduzido o caramelo salgado em cocktails, tanto quentes como frios”.
E se já o provou em algum restaurante e gostou, mas não sabe como fazê-lo nas suas sobremesas, o chef Luís Machado aconselha usá-lo como molho ou creme e, principalmente, em doces de colher. À semelhança das novas tentativas de Rita, o chef dá a ideia de também o utilizarmos no café, entre cappuccinos ou frappuccinos.
Se o que é doce nunca amargou e se há sempre espaço para a sobremesa, para o caramelo salgado, definitivamente, vai sobrar um cantinho.