Vodafone. Mais uma vítima do novo fenómeno criminoso

Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal

A operadora de telecomunicações sofreu, na passada segunda-feira, um ataque informático que afetou clientes, empresas e serviços. Eram perto das 21 horas quando os problemas começaram a surgir: chamadas sem funcionar, mensagens por enviar e Internet móvel indisponível.

Serviços em risco, mas dados a salvo
INEM, bombeiros e multibancos foram afetados pelo apagão nos serviços da Vodafone e tiveram de recorrer a planos de contingência. Os hospitais do Porto, Matosinhos e Guimarães relataram problemas com envio do resultado de exames e marcação de consultas. Mário Vaz, presidente da empresa, garantiu que os dados dos clientes não foram expostos.

Sem balanços ou conclusões
A investigação ao ciberataque está a ser levada em conjunto pelo Centro Nacional de Cibersegurança, pelo Serviço de Informações de Segurança e pela Polícia Judiciária, que pediu apoio internacional através da Interpol. Não foi feito nenhum pedido de resgate e não se conhecem, ainda, os culpados.

“Esta indisponibilidade de serviços teve origem num ato terrorista e criminoso”
Mário Vaz
CEO da Vodafone Portugal

4 milhões
Número de clientes da Vodafone Portugal que viram os serviços de chamadas, mensagens e dados móveis comprometidos. Alguns serviços de televisão também foram afetados.

Uma “moda” que veio para ficar
Em 2020, EDP e Altice sofreram ataques informáticos. No ano passado, o Hospital de Ponta Delgada e a Universidade de Lisboa detetaram intrusões informáticas. E só nos últimos dois meses registaram-se vítimas como o Grupo Impresa, Visão, Cofina, a TAP e até o site do Parlamento.