Rússia vs Ucrânia. O Mundo em pé de guerra

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos

Tensão entre os dois países está ao rubro. Multiplicação de soldados russos na fronteira faz temer ofensiva, mas o Kremlin continua a negar a intenção. Comunidade internacional desdobra-se em avisos e ultimatos.

Histórico
A tensão entre os dois países, ambos antigos estados soviéticos, não é de hoje. Numa longa história de conflitos latentes, a última grande crise estourou em 2014, quando a Rússia anexou à força a Crimeia, então território ucraniano. Desde então que se vive uma espécie de guerra fria entre os dois países, que tem escalado à medida que a Rússia posiciona mais e mais forças na fronteira. Para a Ucrânia, trata-se de uma clara ameaça à independência do país.

Um país dividido
Ao longo dos últimos anos, têm sido vários os movimentos de aproximação, por parte da Ucrânia, à União Europeia e à NATO. No entanto, a visão não é consensual: enquanto a parte oeste do país aspira aos padrões europeus, a parte leste ainda se revê mais nos russos.

“Seria a maior invasão desde a Segunda Guerra Mundial e isso mudaria o Mundo”
Joe Biden
Presidente dos EUA

Sinais de que a guerra pode estar iminente

  • No final de 2021, imagens de satélite revelaram a existência de equipamentos russos, incluindo armas autopropulsadas, blindados de batalha e veículos de combate de infantaria, em movimento num campo de treino a cerca de 300 km da fronteira;
  • Estados Unidos, Reino Unido e Canadá já mandaram esvaziar parte das suas embaixadas em Kiev;
  • EUA avisaram que têm 8500 soldados em alerta e já estão a tentar encontrar fontes alternativas de gás natural para garantir o fornecimento para a Europa (atualmente, o Velho Continente importa da Rússia 40% das suas demandas de gás natural);
  • Segundo o jornal espanhol “El País”, a União Europeia negociou secretamente “uma série de sanções sem precedentes” para atingir a Rússia, caso o seu presidente, Vladimir Putin, decida invadir a Ucrânia.

100.000
Soldados russos posicionados na fronteira com a Ucrânia, segundo estimativas da comunidade internacional.