Primavera à porta, jarras em casa

Elsa Rebelo | 325 euros

Clássicas ou contemporâneas, as jarras podem - e devem - ter um lugar central na decoração do lar. Mais do que um acessório para colocar flores, são uma marca pessoal.

“As plantas e flores são a forma de nos aproximarmos da Natureza no interior das nossas casas”, acredita Michael Miranda, para quem a compra da jarra certa deve ser um caso de “amor à primeira vista” porque, tratando-se de flores, é preciso seguir a paixão.

Para o diretor criativo da Ding Dong, espaço de arquitetura e interiores sediado no Porto, não há regras. “Exceto um enorme não”, retrata-se, que é nunca optar por flores de plástico, “de qualquer tipo, feitio e qualidade”. Quanto ao resto, diz, é deixar a imaginação funcionar, apesar de apontar algumas dicas: “Uma grande jarra com flores deve localizar-se nos espaços sociais, numa zona de receção, entrada ou numa sala de estar. No quarto de dormir ou num quarto de banho, uma pequena jarra com flores tem um efeito surpreendente e delicado”.

E quer seja num espaço social ou privado, para André Matos, “a presença de uma jarra repleta de flores torna-o sempre num sítio mais caloroso”. O gerente da Banema Studio, em Lisboa, indica “um sem-número de fatores práticos a ter em consideração”: o volume, a altura, a forma, o material ou a cor. Entre todos, destaca o que considera essencial – a escala. “Se a jarra for grande, por exemplo, deverá ser preenchida por flores altas, de pé comprido, senão perder-se-ão na composição.”

O responsável da loja de design de interiores lisboeta considera que uma jarra “é mais do que um recetáculo de plantas, é uma declaração sobre o nosso gosto por uma determinada cor, textura, matéria ou método produtivo”. Até porque a escolha de um simples acessório de decoração pode ter um significado social ou ambiental, exemplificando com as peças da marca holandesa Foekje Fleur, “cujos moldes de porcelana são criados a partir de vários recipientes de plástico que se têm vindo a acumular no rio Mosa, em Roterdão, desde os anos 1960”.

As silhuetas orgânicas, as matérias naturais e as texturas minerais são as tendências atuais nas jarras, mas, para Michael Miranda, “no final, as flores devem ser sempre as protagonistas”.

Cabinet of Curiosities by Gracinha Viterbo | Vaso Yu Xiang | 140 euros
Banema Studio | Jarra chubby by W&S | 79 euros
Ding Dong | Jarra em vidro âmbar | 543 euros
Foekje Fleur | Vaso em porcelana | A partir de 30 euros
Vicara | Animalia by Mariana Malhão | 85 euros