São bolsas, carteiras e malas de diversas marcas. Num serviço que parece, tantas vezes, feito por uma máquina, a MissCath quer trazer a personalização da venda física para a Internet.
O foco na moda feminina foi a premissa para lançar um negócio digital que quer ter a proximidade do comércio tradicional de rua. Queriam que o nome da marca fosse reflexo da vontade de inspirar e ser inspirado por mulheres. Durante a discussão de vários nomes que apelam à feminilidade, surgiu a figura de Catarina de Alexandria – e não pensaram duas vezes.
Padroeira das jovens mulheres, considerada santa, as lendas efabulam sobre diversos feitos de Catarina. No final, é conhecida pela sua coragem e inspiração. Era o mote perfeito para arrancar com a MissCath – o comércio digital português, e pensado para os portugueses, com apoio personalizado.
Plataformas digitais há muitas, poderá pensar-se. Mas a impessoalidade e automatização dos serviços são, muitas vezes, palavra de ordem. Rui Vaz e Liliana Costa, responsáveis pela marca, aproveitaram a falha de proximidade com o cliente português que quer fazer compras online. “Não queremos pôr as pessoas a falar para uma máquina”, diz Rui, de 25 anos, embora admita que, com uma equipa reduzida apenas a eles dois, tem sido complexo manter a personalização de uma loja física na Internet.
Rui e Liliana são a dupla que garante que a caixa de mensagens está sempre aberta a qualquer dúvida e que o telefone é atendido logo ao primeiro toque. “Os clientes elogiam o apoio rápido e personalizado que ofereceremos. E queremos manter isso, independentemente do nosso crescimento”, afirma o jovem formado em Gestão de Sistemas de Informação e que iniciou a carreira com o lançamento da MissCath.
E o negócio não trouxe apenas proximidade entre o cliente e a compra digital. Também uma amizade cresceu com a MissCath, com sede na cidade de Braga. Rui Vaz e Liliana Costa não se conheciam antes de a oportunidade de negócio os juntar. A jovem de 30 anos tem especialização em Marketing, um contributo para o sucesso de divulgação da marca. O colega, Rui, acredita que foi “a sinergia ideal”, pois acabaram por se “complementar com as diferentes competências de cada um”.
A MissCath – e a amizade dos dois jovens empresários – começou ainda no início de 2021. Seguiram-se meses de preparação e planeamento. No verão do ano passado, lançaram a página e o balanço, após pouco mais de meio ano, é positivo. “Estamos a ter um crescimento maior do que estávamos à espera.”
Mas se há seis meses só tinham produtos pensados para mulheres, os clientes, o mercado e a vontade de expandir o negócio ditaram a criação de espaço para os homens na MissCath. Agora, as categorias de produtos e o território abrangido são os próximos passos a trilhar. Cachecóis, chapéus e calçado poderão entrar, ainda este ano, para as páginas da marca de venda online. Atualmente com entrega apenas em território nacional, o mercado estrangeiro é a evolução que já está a ser pensada para o futuro da MissCath, que Rui Vaz espera ser de “distinção na moda portuguesa”.
