Escalada de violência faz temer nova intifada em Jerusalém

(Foto: Haitham Imad/EPA)

É já o pior conflito entre israelitas e palestinianos desde 2017 e a escalada de violência faz temer o início de uma nova intifada.

Nos últimos dias, manifestantes palestinianos e forças de segurança israelitas envolveram-se em confrontos junto à mesquita de Al-Aqsa, que resultaram em mais de 700 feridos. Pelo ar, e para piorar, os mais de 130 rockets lançados sobre Jerusalém pelo movimento islamita Hamas mataram duas mulheres israelitas. O Governo de Benjamin Netanyahu não tardou a responder com ataques aéreos sobre a faixa de Gaza, provocando, no início da semana, a morte de pelo menos 26 palestinianos, dos quais nove crianças e uma mulher. As restrições que os israelitas tentaram impor no início do Ramadão, mês sagrado para os muçulmanos, e a decisão judicial de expulsar famílias palestinianas das suas casas num bairro de Jerusalém Oriental premiram um gatilho que traz más memórias.

A complicar mais a situação está o momento político. Em Israel, Netanyahu ganhou as eleições em março, mas não conseguiu formar Governo e abre-se a possibilidade de uma aliança entre vários partidos. Já a Palestina está em véspera de eleições. Face à tensão, Estados Unidos e União Europeia apelam à calma e as Nações Unidas já manifestaram “profunda preocupação” com o aumento da violência.

Mais de cem rockets lançados pelo Hamas sobre Jerusalém mataram pelo menos duas pessoas
(Foto: Mohammed Saber/EPA)
(Foto: Jack Guez/AFP)
Israelitas respondem com ataques aéreos sobre Gaza, vitimando 26 palestinianos (nove crianças)
(Foto: Mahmud Hams/AFP)
(Foto: Mahmud Hams/AFP)
(Foto: Mahmud Hams/AFP)