Devoção ao futebol: do estádio para casa

Para eles, os fervorosos adeptos, o futebol é vivido com devoção religiosa. E o estádio é o templo onde é oficiado esse espetáculo sacramente pagão. Uma pandemia tentacular que (quase) tudo encerrou obrigou a deslocar o ritual cumprido devotamente pelas claques.

Do templo público para a intimidade de casa. A veneração passou a ser feita à distância, num altar doméstico em que a televisão tem papel central. Um ano de pandemia é também um ano de bancadas vazias de adeptos. De futebol sofrido à distância. “Ninguém cala este nosso amor” é um trabalho desenvolvido, ao longo de nove meses, pelo fotojornalista Igor Martins, no âmbito da masterclass de fotografia “Narrativa” de Mário Cruz, que irá culminar numa exposição coletiva.