Para apimentar uma relação ou redescobrir o prazer, os brinquedos sexuais assumem-se protagonistas em opções luxuosas.
Em pleno século XXI, há temas que ainda se sussurram, principalmente quando tocam a intimidade. No entanto, a verdade é que o negócios dos gadgets eróticos tem vindo a crescer. Ao desenvolvimento tecnológico [e design] dos produtos e à vontade de explorar o próprio corpo somou-se o isolamento social que marca a realidade de muitos, despertando o consumo neste segmento.
“O sexo vende muito”, constata a empresária e influenciadora Vanessa Martins, com experiência na sua loja Frederica. Como nota, “a categoria sexualidade é a que mais vende”. A ex-atriz apostou neste nicho há pouco mais de dois meses. E com os “brinquedos sexuais mais exclusivos do mundo”, em ouro de 24 quilates. Tratam-se dos massajadores íntimos INEZ e YVA, desenvolvidos pela marca de referência internacional Lelo, que podem ser tratados como verdadeiras joias.
O luxo embrulha muitas das sugestões que existem no mercado para experiências solitárias ou a dois. À margem de qualquer timidez e sem tabus, Vanessa Martins reconhece que “as pessoas que exploram o próprio prazer adquirem brinquedos sexuais” e que na Frederica, por exemplo, a intenção passa por normalizar a sexualidade. Afinal, “podemos estar a comprar uma vitamina para o cabelo, ao mesmo tempo que estamos a adquirir um vibrador, pois não há qualquer tipo de diferença”.
Online, o cliente sente-se anónimo, longe da exposição numa sex shop ou num supermercado. Vanessa considera que é importante “mudar a forma como são vendidos os brinquedos sexuais”. “As sex shops estão direcionadas para o prazer no masculino e não no feminino. As mulheres adquirem cada vez mais vibradores, bolas anais ou outros brinquedos. E elas sentem-se mais confortáveis a comprar algo para a sua intimidade e feminilidade” com total privacidade. “Não é uma questão de vergonha, mas de normalizar, seja um brinquedo sexual ou uma peça de roupa.”