A partir de maio de 2021, a Ocean Gate Expeditions, empresa especializada em excursões subaquáticas, vai organizar passeios aos destroços do navio.
É, provavelmente, o naufrágio mais famoso da História. O desastre que pôs o RMS Titanic no fundo do Oceano Atlântico aconteceu na noite de 14 para 15 de abril de 1912. Morreram mais de 1 500 pessoas. Uma tragédia eternizada no filme de James Cameron, de 1997. Para o ano, quando já tiver passado mais de um século após o acidente, os restos da icónica embarcação que colidiu com um iceberg poderão ser visitados por turistas.
A partir de maio de 2021, a Ocean Gate Expeditions, empresa especializada em excursões subaquáticas, vai organizar passeios aos destroços do navio, descobertos em 1985, pela equipa de Robert Ballard. Serão os primeiros mergulhos no local nos últimos 15 anos. Os turistas serão acompanhados por um investigador, por Stockton Rush, proprietário da empresa, e por um piloto que comandará o submarino especial, capaz de resistir a grandes profundidades, projetado com ajuda da Boeing e da NASA. Os interessados terão de pagar cerca de 107 mil euros. Os primeiros 26 já reservaram lugar nas seis visitas iniciais, que acontecerão até julho.
Por causa da afluência, a Ocean Gate Expeditions veio dizer que em breve abrirá novas datas, até porque a ideia é que, até setembro, haja uma excursão por semana às ruínas do Titanic. Cada uma das visitas, que partem de St. John’s, no Canadá, dura oito dias, em pleno Oceano Atlântico. Ao chegarem ao local, os turistas participam de um mergulho, entre seis e oito horas, a bordo do submarino batizado de “Titan”, em homenagem ao histórico naufrágio.
Os candidatos que sofriam de claustrofobia ou de enjoos foram descartados. Os aprovados para descer até aos 3 843 metros de profundidade estão em treino e só passam se demonstrarem mobilidade, flexibilidade e equilíbrio, devido ao reduzido espaço disponível no submarino.
