Cada vez mais procurado, é um clássico da joalharia que voltou. As opções em ouro ou banhadas a ouro, simples ou mais sofisticadas, ficam à escolha do freguês.
Cada medalhão carrega uma história única. Para alguns é objeto de exibição de riqueza familiar, para outros símbolo de amor, de perda ou de saudade.
A peça atingiu um pico de popularidade no século XX. Entretanto, foi perdendo valor. No entanto, hoje voltou a garantir uma posição de destaque nos guarda-joias.
Segundo Olga Kassian, fundadora da marca de joalharia Wonther, com sede em Braga, o medalhão é um objeto de culto e precisava de uma reinterpretação. Nesse sentido, criou o Good Vibes Locket, um colar cuja medalha abre e, no lugar da tradicional fotografia, tem uma pedra preciosa com diferentes significados em função da cor.
João Barbosa, integrante da terceira geração de uma família de ourives e responsável pela gestão da Mesh Jewellery, no Porto, considera que se deve salvaguardar o valor da arte da antiguidade. Embora com alguns ajustes à modernidade. “Com o auxílio de um grande espólio de modelos de joalharia, que passam de geração em geração, melhoramos os acessórios de acordo com a tendência do momento”, conta.
De volta à atenção das montras, o medalhão recupera a emoção que outrora lhe foi atribuído. “Cria-se história em volta da peça. E são-lhe atribuídos significados, principalmente quando personalizados. As pessoas não compram só porque sim. Tencionam ter uma narrativa para contar”, prossegue João Barbosa. E sempre que surgem como oferta, carregam um valor acrescentado de afeto. Podem servir de marco de uma ocasião especial ou, então, aparecem em forma de herança de um ente querido, preservando-o na memória. Apesar do medalhão da avó ter surgido há muitas décadas, o significado que lhe é atribuído permite que a peça se eternize. Estando ou não na moda.
