Texto de Ricardo J. Rodrigues | Fotografia Arquivo DN
«O sarau do Lisboa Ginásio Clube dedicado à imprensa decorreu com grande brilho», escrevia o Diário de Notícias na sua edição de 4 de abril de 1937. Na verdade, há uma incorreção nesta frase – na grafia daquele tempo o clube chamava-se Lisboa Gimnasio Club. Tinha nascido dezanove anos antes, numa cave da Rua Maria, no bairro lisboeta dos Anjos, junto ao que é hoje o Mercado do Forno do Tijolo.
Apesar de a ginástica ser o prato forte, o clube sempre apostou noutras modalidades.
Em duas décadas, transformara-se numa potência do desporto português. Lisboa tinha nesta altura dois grandes clubes gímnicos – o Ginásio Clube Português, nascido em 1875, e o Lisboa Ginásio Clube, fundado em 1918. São, ainda hoje, dois dos grandes fornecedores de atletas olímpicos do país, nomeadamente nas disciplinas de ginástica.
E se o primeiro apareceu em plena monarquia e sempre esteve associado às classes abastadas, o segundo foi criado nos anos de convulsão da I República – uma semana antes do Armistício da Primeira Grande Guerra.
Apesar de a ginástica ser o prato forte, o clube sempre apostou noutras modalidades. Nos primeiros estatutos abria-se a porta à equitação e ao tiro com arco, à natação e ao remo. Hoje, além de ser a grande referência nacional de trampolins, é um clube determinante na acrobática, na ginástica artística e no judo.
JOGOS OLÍMPICOS
As melhores classificações de atletas do clube aconteceram na modalidade de trampolins. Nuno Merino foi sexto em Atenas 2004, Ana Rente foi 11.ª em Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016.