Mãe em estado terminal deixa cartas para a filha ler no futuro

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Texto de Ana Sofia Reis

Tem 27 anos, vive em Clacton-on-Sea, Essex, Inglaterra, chama-se Sophie George e tem uma filha, Marcie. No início do ano foi-lhe descoberto um tumor cerebral em estado avançado e ficou a saber que tinha apenas 18 meses de vida. Imaginar que, no futuro, não poderia partilhar coisas quotidianas e momentos significativos que acontecerão a Marcie quando crescer, como aniversários, formatura, casamento, tornou-se algo muito penoso para Sophie.

Marcie tem um ano e é fruto do relacionamento de Sophie com Jay, de 28 anos. Um dia, depois de receber a triste notícia, Sophie decidiu, com o companheiro, preparar tudo para o casamento de ambos. Seria a forma de criar uma memória feliz e duradoura para a filha do casal.

“Quero aproveitar ao máximo o tempo que tenho com o Jay e a Marcie. Todos me estão a apoiar e isso é incrível. Estamos ansiosos pelo casamento. Contratámos um profissional para registar todos os momentos, e assim a minha filha poderá reviver esse dia sempre que quiser. Casar significa tudo para mim”, disse Sophie sobre a importante decisão.

Resolveu, também, escrever cartas para a filha ler quando estiver a passar por fases importantes da sua vida. A ideia é ajudar e trazer conforto a Marcie em alturas em que possa sentir, ainda mais, a sua falta.

Assim escreve Sophie George numa das cartas que deixará para a filha: “Querida Marcie, hoje é o teu primeiro dia de aulas e, mesmo não estando presente para te dar a mão e um beijo de despedida no momento em que entrares na escola, estou a tomar conta de ti, mantendo-te segura. O pai deixou um lenço na tua lancheira com o perfume da mãe. Se tiveres medo, cheira o lenço e lembra-te que tudo vai ficar bem. Algumas crianças poderão não ser muito simpáticas contigo. Isso pode deixar-te triste mas não dês muita importância, porque a mãe vai amar-te sempre.”