Texto de Ana Patrícia Cardoso | Arquivo DN
A 7 de março de 1948, o estádio do Campo Grande enchia-se para ver Benfica e Vitória de Guimarães defrontarem-se num jogo a contar para o Campeonato Nacional. As duas equipas voltavam a encontrar-se depois do empate a duas bolas de dezembro, na cidade-berço. O campo, que era provisório e arrendado à Câmara Municipal, já mostrava sinais de ser insuficiente para o crescente número de adeptos.
O Benfica já contava com 15 mil sócios, um número considerável para a época, e continuaria ali mais 13 anos até se mudar definitivamente para o Estádio da Luz, em Carnide, em 1954. Naquela tarde de domingo, o Diário de Notícias acompanhou o jogo e dava conta da prestação dos dois clubes.
Pelo Benfica, com Contreiras à baliza, jogaram Jacinto, Francisco Moreira, Corona, Francisco Ferreira, Cerqueira, Arsénio, Julinho, Melão, Mário Pais e Manuelito. Do Vitória, foram a jogo Carlos, Ferreira, Armando, Curado, Miguel, Brioso, Rebelo, Alcino, Francisco Costa e Franklim.
O DN dava vantagem no início do jogo à equipa da casa. «Até à meia hora, o Benfica dominava com uma pressão invulgar, mas remates sem direção». Na segunda metade, ambas as equipas ainda não tinham dado sinais de «brilhantismo», ainda que «os minhotos tenham aparecido mais ao ataque mas foram facilmente destroçados pela defesa do Benfica». Arsénio, Julinho e Corona foram os autores dos golos que deram a vitória ao Benfica.
Época Sportinguista
Naquele ano, o Sporting sagrou-se campeão nacional e o Benfica ficou em segundo lugar. O Vitória de Guimarães ocupava o oitavo lugar na tabela.