Proteger do frio, do calor ou da chuva são capacidades que procuramos na roupa, no calçado ou nos acessórios. Tudo isto é possível devido ao biomimetismo, que estuda distintas faculdades da natureza e as imita, para encontrar soluções que melhoram a vida.
Quando escolhemos uma gabardina ou umas galochas esperamos ficar protegidos da chuva, evitando que o nosso corpo fique molhado. Nos dias frios, escolhemos roupa e calçado que ajudam a proteger do frio, mantendo o corpo o mais quente possível. Nos dias de calor optamos por roupa que minimiza o efeito das temperaturas altas, com sensação de frescura e eliminação de odores. A roupa que vestimos, os sapatos que calçamos e os acessórios que usamos têm cada vez mais faculdades que otimizam o nosso conforto. Tudo isto é possível porque a ciência está cada vez mais atenta à natureza.
A biomimética, ou biomimetismo (combinação das palavras gregas bio, que significa vida, e mimesis, que significa imitação), recorre a biologia, física, matemática, engenharia ou química para tentar perceber as estruturas e as funções biológicas dos seres vivos, com o intuito de desenvolver e aperfeiçoar novas soluções para as colocar ao serviço do homem.
Para o biólogo molecular Mehmet Sarikaya, «estamos no limiar de uma revolução de materiais equivalente ao que aconteceu na Idade do Ferro e na Revolução Industrial. Dentro de um século, a biomimética modificará significativamente o nosso modo de vida». Através do biomimetismo pretende-se obter as mesmas faculdades inerentes nos animais, plantas e micro-organismos, que têm a capacidade de solucionar problemas por si só face aos desafios naturais que encontram.