Os chefs Lujbomir Stanisic, Miguel Castro e Silva, Rui Paula, Pedro Lemos, Vítor Claro e Hugo Nascimento aceitaram o desafio de unir prazer e saúde. O resultado são seis receitas inspiradoras e equilibradas para a primavera. Os pratos foram avaliados pelas nutricionistas Ana Ribeiro e Filomena.
Ljubomir Stanisic
Tártaro de atum com kisame
Na cozinha do 100 Maneiras Bistro, no Largo da Trindade, em Lisboa, a música alta é sinal de que, mesmo a meio da tarde, já começam os preparativos para o jantar. O ritmo marca a cadência da mise en place – disposição dos ingredientes na bancada de trabalho. O chef jugoslavo Ljubomir Stanisic está pronto para confecionar um tártaro de atum, já conhecido dos clientes mais regulares do restaurante, ao qual junta a textura do rábano ralado e o picante do wasabi fresco (kisame), com elevadas propriedades anti-bacterianas. Para quatro pessoas, são necessários 285 gramas de atum fresco, cortados com precisão em fatias finas longitudinais, que são, posteriormente, picadas. A frescura do peixe vê-se a olho nu e tem razão de ser. O exemplar foi pescado nessa semana em alto mar e comprado por telefone a 20 mil milhas da costa para ser servido no restaurante. «Só a cabeça tinha 48 quilos», adianta Stanisic.
A escolha do peixe é aprovada pela nutricionista Ana Ribeiro. «Além de ser uma ótima fonte de proteínas de alta qualidade, o atum faz parte do grupo de peixes ricos em ómega 3, uma gordura que demonstra ter um efeito protetor na saúde cardiovascular», explica. Acresce-lhe ainda outro pormenor que torna o prato mais sugestivo, para além de saudável. «Com zinco, selénio, vitaminas B12 e B3, proteínas e ácidos gordos essenciais, o atum é, frequentemente, encarado como o rei dos alimentos afrodisíacos», aumentando a produção de esperma e fortalecendo a libido.
Com este tártaro de atum, Stanisic transporta para o universo marítimo um lugar que costuma ser ocupado pela carne. «O wasabi e o rábano fazem a vez da mostarda utilizada no tártaro de carne e, assim, cria-se um prato de sabores fortes, que permanece no nariz depois de se comer», constata.
A receita contempla ainda dez gramas de caviar Avruga, dois ovos, cebolinho e molho de soja. «Por ser rico em colesterol, é muitas vezes excluído da dieta, no entanto a ingestão de um ovo por dia não está associada ao aumento do risco de doença cardiovascular em indivíduos saudáveis», garante Ana Ribeiro. Com quantidades apreciáveis de colina, «importante na manutenção das membranas das células» e dos carotenoides luteína e zeaxantina, os ovos contribuem para a saúde dos olhos, reduzindo o risco de cataratas e a degeneração macular (perda de visão). Apesar de estar presente na receita original, a nutricionista desaconselha o uso de flor de sal para finalizar o prato, acabando o molho de soja e o wasabi por «temperar» o atum.
Tártaro de atum com kisame
(4 pessoas)
285 g de atum
10 g clara de ovo cozida bem picada
5 g gema de ovo cozida bem picada
10 g de caviar Avruga
1 g de cebolinho
10 g de rábano
15 g de wasabifresco (kisame)
3 colheres de sopa de molho de soja
Flor de sal q.b.
Uma gema de ovo crua
Preparação
Cortar o lombo de atum em fatias finas longitudinais e picar. Colocar o peixe numa tigela, adicionar todos os ingredientes, temperar com flor de sal. Envolver muito bem.
Miguel Castro e Silva
Salada de alcachofras com queijo de cabra
O chef residente do restaurante O Largo, junto ao Largo de São Carlos, em Lisboa, escolheu como ingrediente principal da sua proposta um alimento muito popular na maioria das dietas – a alcachofra. O surtido de benefícios para a saúde explica o seu sucesso em programas de emagrecimento, garante a nutricionista Ana Ribeiro. Útil no combate a anemias, reguladora dos níveis de açúcar no sangue, com caraterísticas drenantes e estimulante da diurese, a alcachofra é uma aliada na guerra contra a celulite devido à forte presença de iodo – matéria-prima que estimula a tiroide, a glândula-chave do processo metabólico de transformação dos alimentos em energia. No prato de Miguel Castro e Silva, será acompanhada por cubos de queijo de cabra, amêndoas laminadas, levemente torradas, e molho vinagreta.
Através de uma confeção original, o chef consegue preservar todas as caraterísticas nutricionais das alcachofras. Em vez de irem ao lume, são marinadas em azeite, sumo de limão, salsa, cerefólio e pimento vermelho, que segundo Ana Ribeiro permite o reforço das componentes nutricionais do prato. A lembrar o sabor da mirra, o cerefólio cru ou em infusão, estimula a digestão, alivia problemas circulatórios e hepáticos e tem caraterísticas diuréticas. O pimento vermelho, por seu turno, pobre em calorias e rico em vitamina A, C, E e B6, é um bom aliado na hora de «trabalhar para o bronze».
O alerta vermelho nutricional do prato vai para o queijo de cabra, cujo uso foi reduzido a apenas cinco cubos, por ser abundante em proteínas e ter alto teor de gordura. O sabor forte permite controlar o uso de sal.
Salada de alcachofras com queijo de cabra
(4 pessoas)
Coração de alcachofras em lata
Queijo de cabra curado
Pimento vermelho
Alho
Azeite
Sumo de limão
Sal
Pimenta preta
Salsa, cebolinho, funcho
Amêndoa
Mistura de alfaces
Vinagrete
Preparação:
Tirar as alcachofras da lata, escorrer e cortar em metades.Colocar em marinada preparada com azeite, limão, sal, pimenta preta, alho picado, pimento em cubos pequenos e as ervas picadas. Deixar marinar por pelo menos duashoras.
Temperar as alfaces com vinagrete, colocar em prato, adicionar as alcachofras com um pouco da marinada, o queijo em cubos, e as amêndoas ligeiramente torradas
Rui Paula
Robalo no seu habitat
Rui Paula garante que se inspirou nas tradicionais amêijoas à Bulhão Pato para recriar um autêntico festim do mar. «Robalo no seu habitat», com selicornia, ouriço-do-mar, ovas de truta, alface-do-mar e vários bivalves, faz parte do menu de degustação no restaurante DOP, no Palácio das Artes no Porto, e transporta-nos o oceano para dentro dos pulmões – ou o «mar de Matosinhos, que tem um cheiro característico diferente do do resto do país». O uso de ingredientes de origem marítima agrada à nutricionista Filomena Dias, que elogia a perspicácia na combinação dos alimentos. A salicórnia, mais conhecida como espargo do mar, «tem um teor de sal que permite temperar o prato sem que seja necessário sal de adição», sustenta. Já o ouriço-do-mar contém proteínas de elevado valor biológico e, a par da alface do mar (algas), fornece grande quantidade de iodo, essencial para o funcionamento da tiroide. As algas também contribuem de forma generosa para a manutenção da linha, por serem ricas em fibras solúveis, como os alginatos, a carragenina e o ágar, não são digeridas no intestino e ajudam, segundo Filomena Dias, a aumentar a sensação de saciedade.
A estrela do prato – o robalo, que Rui Paula sela num sauté com azeite durante poucos segundos, antes de o levar ao forno – apresenta apenas 7,9 g de gordura por cada 100 g. Este peixe, rico em potássio e fósforo, contribui para a manutenção da boa saúde óssea e dos dentes, conferindo-lhes solidez.
O sabor a «maresia» é intensificado pelo caldo de fumet feito à base de cabeças e aparas de peixe e, na finalização, o carpaccio de vieiras dá elegância ao prato e empresta-lhe um excelente teor de triptofano, aminoácido responsável pela sensação de bem-estar e importante no combate das depressões.
Rui Paula reconhece a originalidade dos ingredientes, que podem ser difíceis de encontrar para cozinheiros menos experimentados, e dá algumas dicas. «Muitos fornecedores disponibilizam as algas em vácuo, mas poderão facilmente ser adquiridas numa das praias do Norte do país», explica o chef. Já os ouriços-do-mar frescos são raridades caras. Neste caso, a alternativa poderá ser comprá-los em conserva, perdendo na intensidade marítima do sabor, mas mantendo o exotismo da confeção.
Robalo no seu habitat
(4 pessoas)
800 g de robalo em tranche
alface-do-mar
Caldo de peixe q.b.
5 g de creme de alho
8 ervilhas tortascortadas em
losangos
8 floretes de curgete
4 espargos brancos
Flor de sal q.b.
Azeite q.b.
Ovas de truta q.b.
Ouriço-do-mar q.b.
10 g de salicórnia
Para amêijoa,berbigão e lingueirão:
200 g de amêijoa
200 g de berbigão
200g de lingueirão
Coentros q.b.
Manteiga q.b.
Vinho branco Rui Paula Rozés q.b.
Azeite de alho q.b
Preparação:
Temperar o peixe com flor de sal e selar num sauté com azeite. Vai ao forno a 170ºC durante 4 minutos.Saltear a ervilha torta, curgete e os espargos em azeite, previamente bringidos, temperando com sal. Adicionar o caldo de peixe e o caldo de abrir os moluscos à Bulhão Pato, creme de alho.Demolhar as algas, mudando a sua água por três vezes, deixando as algas repousar durante 1 minuto entre cada muda de água. Retificar tempero.
Amêijoa, berbigão e lingueirão: Num tacho colocar o azeite de alho e deixar aquecer bem. Adicionar os moluscos, refrescar com vinho branco e tapar. Adicionar a manteiga e os coentros picados. Assim que as conchas abrirem, retirar do lume. Retirar da casca, reservar e coar o caldo. No prato colocar o preparado dos legumes como caldo. Colocar o peixe por cima deste, em seguida o carpaccio de vieira, cobrir com a alga e enfeitar com o caviar de truta, colocar também um pouco de caviar de ouriço-do-mar e a salicórnia.
Pedro Lemos
Rodovalho com legumes da estação
Este prato mostra os legumes do jardim», resume Pedro Lemos, dono do restaurante homónimo na Foz do Porto. Sobre a bancada temos «as primeiras favinhas da primavera», ainda tímidas por causa do tempo invernoso, ervilhas, cenouras e aipo, um molho de espargos verdes do Alentejo (nutricionalmente mais ricos do que os brancos, por manterem as propriedades da clorofila) e tomate seco artesanalmente. O cheffaz questão de ter uma cozinha ao ritmo da natureza, o que lhe dá a garantia de que aquilo que põe no prato é o melhor de cada altura do ano. Para hoje, escolheu um rodovalho com legumes da época, aproveitando os meses de desova do peixe que lhe dão à pele elevado teor de gordura natural.
Os legumes são cozidos em água até levantar fervura e retirados de imediato para manterem as suas propriedades nutricionais. O surtido é promissor e cria um prato rico em texturas. «A cenoura, por exemplo, possui um pigmento natural, o betacaroteno, que funciona como um antioxidante e ajuda a proteger as células, os olhos e a pele», sustenta a nutricionista Filomena Dias, «tem também a particularidade de promover a produção de melanina, responsável pelo tom bronzeado».
Já o tomate vê as suas caraterísticas exacerbadas pelo modo de preparação. Pedro Lemos seca-o artesanalmente, a baixa temperatura, durante várias horas no forno, adicionando-lhe apenas um fio de azeite. Este fruto é rico em licopeno, um antioxidante que reage bem ao calor. «O licopeno tem a particularidade de ser mais bem absorvido pelo nosso organismo quando é misturado com alguma gordura e submetido a temperaturas elevadas», explica Filomena Dias, «logo, o tomate seco, feito de modo artesanal, é uma excelente forma de extrair todos os benefícios deste nutriente».
O prato, que faz parte do menu de degustação do restaurante, tenta matar a fome de peixe grelhado na brasa e molho de manteiga, que chega com os dias de primavera, através de uma combinação mais equilibrada. O rodovalho é servido quase translúcido e, para enganar os gulosos, o molho confecionado com a gordura da pele e as barrigas do peixe e temperado com tomilho e limão, evitando o uso de sal, é uma opção menos calórica e igualmente saborosa.
Rodovalho com legumes da estação
(4 pessoas)
1 rodovalho de 1 kg/1,5kg
1 ramo de tomilho-limão
2 dentes de alho roxo seco picados
8 espargos verdes
80 g favas
80 g ervilhas
80 g ervilhas de quebrar
80 g feijão fillet
4 ceboletes
8 minicenouras
1/2 pimento vermelho sem pele e
sementes
6 chalotas picadas
Sumo de 1/2limão
Azeite extra virgem
Sal
Pimenta preta em grão
Preparação
Retire os 4 filetes do rodovalho e doseie cada um com 150 g.Coloque um tacho com um fio de azeite em lume brando. Coloque as barrigas,a carcaça e a pele e deixe cozinhar durante 3 minutos. Adicione as chalotas, o alho e um pouco de tomilho-limão. Tape o tacho e deixe cozinhar durante 5 minutos sempre em lume brando. Adicione 250 ml de água e deixe levantar fervura. Passe tudo por um chinês, leve de novo ao lume e deixe o caldo reduzir 1/4e finalize com o sumo de 1/2limão e o pimento vermelho picado.
Reserve o molho. Descasque e lave todos os legumes. Leve um tacho com água, uma pitada de sal e um fio de azeite ao lume. Quando levantar fervura coloque os legumes e deixe cozinhar durante 1 minuto. Escorra e salteieos legumes numa frigideira com um fio de azeite, adicione um pouco de tomilho-limão e molho.
Leve uma frigideira ao lume, quando estiver bem quente, adicione um fio de azeite e um pouco de tomilho-limão. Coloque os filetes de rodovalho previamente temperados com um pouco de sal e pimenta preta na frigideira e deixe cozinhar lentamente. Empratamento: Coloque os legumes num prato fundo, disponha o peixe por cima dos legumes e regue com o molho de peixe.
Vítor Claro
Vichyssoise Waldorf
O primeiro desafio está na categorização desta proposta de Vítor Claro. O prato que o chef do restaurante Claro!, em Paço d’Arcos, preparou para a Notícias Magazine não é uma salada, apesar de ter nome de salada – Waldorf. Também não é uma vichyssoise, porque é servido frio, apesar de ter a aparência de um caldo cremoso e leve. É então um gaspacho? Incorreto, novamente. Falta-lhe o tom vermelho e forte do tomate. Talvez seja um casamento dos três conceitos, acrescido da simplicidade surpreendente da cozinha de Vítor Claro.
O chef inspirou-se na salada de Waldorf criada em meados de 1839 no Waldorf Hotel em Nova Iorque, que, de origem, é composta por fatias de maçã e aipo, nozes cortadas e uma cobertura de maionese. Na confeção, Vítor Claro optou por reduzir parte dos ingredientes a um caldo cremoso, triturando uma minialface romana e dois talos de aipo num preparado de sumos de maçãs Granny Smith e limão. Já a tradicional maionese foi substituída por um creme fraîche, menos calórico. O empratamento consiste em verter o caldo sobre alguns gomos de maçãs Gala e miolo de nozes picado grosseiramente. O resultado, garante a nutricionista Ana Ribeiro, é um preparado «fresco, vitaminado e muito delicioso».
A coqueluche do prato é o aipo. Este legume muito aromático tem propriedades medicinais que passam pela redução da tensão arterial, tratamento da prisão de ventre, problemas do fígado, bexiga e disfunções menstruais. É também fortemente vitaminado e contém sódio, ferro, potássio, magnésio, fósforo e cálcio, agindo ainda sobre os radicais livres. Já as maçãs têm alto teor de pectina, uma fibra que dá saciedade, e estimulam a produção de colagénio, que melhora a circulação linfática e desintoxica o organismo. Este fruto constitui-se como um aliado no combate à celulite.
Porém, os ingredientes escolhidos proporcionam mais do que bem-estar físico, refere a especialista. Neste ponto, o destaque vai para as nozes. O fruto, apesar de ser altamente calórico, tem um papel importante na regulação dos níveis de serotonina, que reduzem «em até trinta por cento o risco de ficarmos tristes ou com ansiedade sem motivo».
De fácil confeção, o prato convida a uma experimentação caseira, mas fica o aviso: «Por ser pobre em hidratos de carbono, não poderá ser assumido como uma refeição completa.»
Vichyssoise Waldorf
(4 pessoas)
2 maçãs Granny Smith
1 minialface romana
2 talos grandes
de aipo-rama
1 limão
75 g de crème fraîche
2 maçãs Royal Gala
40 g de miolo de noz
Preparação
Centrifugar o sumo das maçãs Granny Smith e juntar o sumo de limão. Triturar a alface e o aipo no sumo e coar num passador fino. Retificar com um pouco de sal. Juntar o crème fraîche e emulsionar. Descascar e cortar em gomos as maçãs Royal Gala. Picar grosseiramente o miolo das nozes. Empratar a maçã e as nozes e regar com o preparado cremoso.
Hugo Nascimento
Lâminas de skrei com laranja, coentros e farofa de pinhão
Hugo Nascimento aproveitou o desafio da Notícias Magazine para se despedir da época do skrei, o bacalhau fresco pescado nas águas frias dos fiordes noruegueses, num período limitado entre 1 de janeiro e 30 de abril. Este peixe tão português é um habitué na sua versão fresca nos menus dos restaurantes Tasca da Esquina e Cervejaria da Esquina, em Lisboa, servido em carpaccio ou em formato de prego, sujeito a um processo prévio de salmoura que implica mestria. A nutricionista Ana Ribeiro exacerba as vantagens do consumo de bacalhau fresco, «mais saudável do que o de cura em sal e, por consequência, com menor impacte na tensão arterial». Porém, a especialista alerta para o facto de este ser um dos peixes com teor de colesterol mais elevado, «apesar de ser considerado magro».
Aos lombos de skrei laminados, Hugo Nascimento junta uma emulsão de coentros e curgetes (cozidas com casta, para preservar as vitaminas), laranja em gomos, malagueta e rúcula. Como fonte de hidratos de carbono, o prato fica completo com farofa de pinhões e pão torrado, promovendo a sensação de saciedade. O resultado é, na opinião da nutricionista, «uma refeição equilibrada e variada, muito rica em vitaminas».
A inteligência nutricional dos pratos não está apenas na escolha isolada dos ingredientes, mas também – e principalmente – nas combinações que se levam a cabo e no modo de confeção. A presença de laranja, por exemplo, rica em vitamina A e C, contribui para um bronzeado mais bonito e duradouro, ao mesmo tempo que ajuda na absorção do ferro presente em alimentos como o peixe. Já as malaguetas são um excelente tempero, dispensando a adição de sal ou gorduras. Picantes, ricas em vitaminas, ajudam também a queimar calorias ao acelerarem o metabolismo.
«O processo criativo, na cozinha e na arquitetura, é semelhante: concebes, esboças e crias», resume Hugo Nascimento, que tinha planos de se licenciar em arquitetura, antes de ficar arrebatado pela cozinha do chef Vítor Sobral. O prato que concebeu na Cervejaria da Esquina, em Campo de Ourique, denuncia-lhe a sensibilidade estética, com um empratamento colorido e elegante de inspiração primaveril.
Lâminas de skrei com laranja, coentros e farofa de pinhão
(4 pessoas)
500 g skrei (lombo limpo)
Sal marinho tradicional q.b.
2 unidades limão (sumo)
Salada
200 g laranja degomada
1 c.sopa malagueta fresca picada
2 c.sopa coentros
Flor de sal q.b.
Molho:
100 g curgete
50 g coentros
20 g azeite virgem extra
Sal marinho tradicional q.b.
Farofa:
50 g pão de trigo torrado
30 g pinhões torrados
Preparação
Tempere o lombo de bacalhau com sal e envolva em película aderente e deixe repousar no frio por 20 minutos. Envolva todos os ingredientes da salada. Para fazer o molho, coza a parte branca da curgete em água temperada com sal durante 5 minutos, junte a casca e os coentros, deixe cozer por mais 1 minuto, escorra, arrefeça de imediato em água e gelo, escorra novamente e emulsione com o azeite até obter uma textura homogénea. Triture o pão com o pinhão.
Finalização e apresentação
Lamine o peixe, tempere com sumo de limão, guarneça com a salada de laranja, o molho de coentro e a farofa de pinhão.