Escolher uma boa toalha de banho tem muito que se lhe diga. É preciso ter atenção a um conjunto de características se quiser ter em casa peças com boa qualidade e duráveis. Gramagem, fibra e fio: eis o trio maravilha.
Se calhar já pensou no assunto. Se calhar nunca lhe ocorreu. Escolher uma toalha de banho pode ser mais complicado do que se imagina. Não, não são todas iguais. É provável que já tenha comprado uma toalha que largava muitas fibras. Ou que tenha escolhido uma que mal absorvia a água do corpo. Ou ainda que na loja tenha tocado uma peça macia, mas que ao fim de poucas lavagens ficou áspera e feia. Acontece com frequência. Especialmente porque não sabemos o que devemos ter em conta na hora de comprar.
Elisabete Gonçalves, proprietária da Portugal Natura, em Guimarães, é especialista na área têxtil. A sua casa é uma referência em Portugal, e também em Espanha, para onde exporta grande parte da produção. Começa por distinguir as toalhas de banho quanto ao fio. “O que determina se são macias, duráveis e de qualidade.” Neste ponto temos o fio singelo (um cabo), o mais económico do mercado. Tem toque macio e delicado. E o fio torcido (dois cabos), o mais indicado para o setor hoteleiro, pela resistência e durabilidade (pois resiste a lavagens diárias e a altas temperaturas).
Seguimos para a composição. A regra é simples: “Quanto mais fibras naturais o tecido tiver, melhor”, refere Elisabete. Assim, “é preferível toalhas 100% algodão”. Neste critério vamos encaixar o microalgodão que, “como o nome indica, tem fibra curta, por isso, resulta em toalhas extremadamente absorventes, fofas, suaves e indicadas para pessoas com pele atópica e para bebés”. Também são boas para secar o cabelo por serem “muito absorventes”. E por último, falemos de “algodão penteado, que passou por um processo de pente antes de ser cardado (cardado é o fio de algodão em bobinas)”.
Para Elisabete, o algodão tradicional está no pódio, resulta em toalhas de “alta qualidade, maciez e que secam rapidamente). Outra opção é o chamado algodão egípcio, feito de fibras mais longas e resistentes, considerado um tecido nobre, extremamente macio, absorve bem e tem alta durabilidade.
A densidade ou a gramagem também devem ser tidas em conta. “Quanto menor o valor, mais leve e fina será a toalha. Quanto maior a gramagem, maior a capacidade de absorção.” Assim, recomendam-se toalhas de banho com gramagem superior a 400 gramas por metro quadrado. Elisabete Gonçalves recomenda a melhor das melhores. “As de 740 g/m2 são sem dúvida o top do mercado nacional, por isso são mais caras.”
Fora de questão estão sprays têxteis. E o uso do amaciador deve ser feito “de forma esporádica, quando as toalhas estão muito usadas, a fim de as deixarem com melhor aspeto”. Os amaciadores cobrem as fibras com ceras, óleos sulfonados e alguns tensioativos “e não permitem que a toalha seque bem”.
Quanto às lavagens, a especialista aconselha a que vão para a máquina após dois usos. O que implica ter, pelo menos, três jogos de toalhas por pessoa no armário. Há quem use uma grande para todo o corpo, há quem prefira uma para o corpo e outra para o cabelo. Toalha de rosto e toalha de bidé à parte (este último para quem o tem). As instruções das etiquetas também vão ajudar na tarefa de prolongar a vida destas peças. Para o resto, já temos uma ideia mais clara.
