A rubrica "Máquina do Tempo" desta semana recorda a vida e obra da icónica escritora e ativista.
Poetisa e visionária
No dia 13 de setembro, celebra-se o centenário do nascimento da icónica Natália Correia. Nascida em São Miguel, Açores, em 1923, lugar que permeou a sua poesia e escrita ao longo da vida, foi figura de influência que perdura no tempo como um farol de criatividade e coragem. E foi também a autora da letra do Hino dos Açores.
Palavras que incendeiam corações
A sua obra, carregada de emoção e reflexão, tocou profundamente os leitores. Abordando temas como a sensualidade e questões sociais e políticas com uma destemida maestria linguística, desafiou normas e inspirou quem a lia e ouvia.
Mudança social e ativismo
Foi mais do que uma escritora de poesia, de romances, de teatro e de ensaios. Foi jornalista, foi editora, foi ativista, colaborando com frequência em diversas publicações portuguesas e estrangeiras. Deputada à Assembleia da República (1980-1991), interveio politicamente ao nível da cultura e do património. A sua participação na Revolução do 25 de Abril destacou o seu compromisso com os direitos das mulheres e a liberdade de expressão, provando que as palavras não são apenas instrumentos literários, mas também armas poderosas na luta por justiça e igualdade.
Natália Correia hoje
No centenário do seu nascimento, o seu legado persiste. A sua obra em versos ecoa na atualidade, as suas ideias ressoam em debates sobre igualdade e liberdade. Uma figura que transcende o tempo e que permanece como luzeiro nos corações de quem continua a lutar pela mudança.
