Cenas de um ano trágico para a Ucrânia

Cidades inteiras devassadas, reduzidas a nada, só um manto de escombros para contar a história do que era ali. Antes de o horror ser o horror, antes de a guerra ser a guerra. Cadáveres ao acaso pelas ruas, infinitamente sós, um abandono que acresce ao sufoco da morte. Soldados munidos até aos dentes, milhares em fuga desesperada, crianças protagonistas num cenário onde não deviam caber nunca. Gente que encontra refúgio (e milagrosamente amor) numa estação de metro, ou que foge à pressa de uma casa em chamas, ou que, por outra, procura o fogo das velas para fazer face à crise energética que se alinha com outras agruras. Um ano do conflito que ninguém sonhara - aqui mesmo, em plena Europa -, contado em imagens que nos agitam e inquietam, que nos lembram que, um ano depois, a guerra segue viva. A destruir vidas sobre vidas.

O bombardeamento, por parte das forças russas, de um teatro em Mariupol onde se encontravam crianças (um soldado russo no local)
(Foto: Alexander Nemenov/AFP)
O massacre em Bucha, – pelo menos 300 corpos encontrados em valas – foram dois momentos particularmente sangrentos deste conflito
(Foto: Ronaldo Schemidt/AFP)
Pouco depois do início da guerra, Helena e o irmão Bodia esperam, na fronteira com a Polónia, pela fuga para um local seguro
(Foto: Wojtek Radwanski/AFP)
Em Irpin, um soldado ucraniano vigia a evacuação dos locais
(Foto: Aris Messinis/AFP)
Um soldado ucraniano é abraçado, para festejar a libertação de Kherson (em novembro)
(Foto: AFP)
Também em Irpin, a fuga assume contornos ainda mais dramáticos, com uma família a sair à pressa de uma casa em chamas
(Foto: Aris Messinis/AFP)
Uma professora universitária ucraniana de 60 anos lava a loiça à luz das velas, durante uma das quebras de energia na cidade de Kiev (face aos múltiplos ataques russos dirigidos às infraestruturas elétricas do país)
(Foto: Sergei Supinsky/AFP)
Também em Kiev, uma família procura refúgio numa estação de metro – e no amor
(Foto: Aris Messinis/AFP)