As exclusivas casas de férias de luxo em Portugal

São propriedades onde a classe predomina, apenas acessíveis a quem pode financiar orçamentos de férias (muito) acima da média. São alugadas a grupos exclusivos e não deixam nenhum detalhe para trás. Procuradas essencialmente por estrangeiros, têm preços diários com muitos zeros e não faltam mordomos, chefs de cozinha e motoristas particulares.

Começou por ser um sonho distante do chef José Avillez e da sua mulher, Sofia Ulrich. Uma casa que pudesse ser deles mas, sobretudo, dada ao usufruto pleno dos outros. Um recanto particular em que os hóspedes fossem tratados como família, com luxo requintado e classe proeminente. Mas sempre com um toque pessoal, imensamente pessoal, tal qual José e Sofia abrissem as portas de casa e dessem as boas-vindas a dias imensos de partilha, cumplicidade, proximidade e carinho. E assim foi nascendo a Casa Nossa, toda em letra maiúscula a batizaram, porque maiúscula querem que seja a experiência de quem lá passa uns dias, quiçá umas semanas, naquela habitação que abriram ao público não como negócio e sim como parte de um projeto que oferece o infinito numas férias que se querem inolvidáveis de sensações únicas. Fica no Alentejo, pertíssimo de Reguengos de Monsaraz. O casal quer que fique também nos corações de quem a vive temporariamente em descanso.

“Antes da pandemia, eu e a Sofia começámos à procura de um espaço no Alentejo para passarmos os fins de semana em família”, conta José Avillez à “Notícias Magazine”. A região não foi hesitação, bem pelo contrário, foi escolha sublinhada como marca de uma assumidíssima paixão comum. “Sempre pensámos no Alentejo. Gostamos muito da paisagem, da gastronomia, da cultura”, salienta o chef.

Daí até perceberem o que viria a ser a Casa Nossa foi um pequeno passo. “A nossa ideia era encontrar um terreno mais pequeno, mas acabamos por ver aquele espaço, muito maior, em cima do lago, com uma vista única”, recorda. A realidade da paisagem trocou as voltas ao casal. “Ficámos apaixonados por aquelas azinheiras centenárias, aquelas vistas deslumbrantes. E pelo tamanho da propriedade, achámos que fazia mais sentido pensar num projeto turístico, uma propriedade que pudesse ser alugada por inteiro, com todo o conforto e privacidade”, detalha.

A Casa Nossa conta com dez quartos e é sempre alugada por inteiro e com todas as refeições incluídas. Com uma pequena exceção, porém: pode ser reservada com uma ocupação mínima de seis quartos. E com uma certeza em ambas as situações, a da exclusividade absoluta. Sempre. Esse é ponto de honra desta autêntica ilha plantada no meio da imensa planície alentejana, ali onde o silêncio ganha outras formas e o infinito toma dimensão única no horizonte a perder de vista e as águas do imenso Alqueva como testemunha.

Fica em Campinho, no concelho de Reguengos de Monsaraz, lugar que já foi autónomo e que desde 2013 faz parte de uma União de Freguesias com a vizinha localidade de Campo. Pouco mais do que 700 almas resistentes ali vivem, agora com um vizinho famoso como companhia e uma atração que promete trazer mais nome e, quem sabe, sucesso a uma terra que sempre guardou em si anonimato e solidão.

Exclusividades especiais

São 1500 metros quadrados de casa e 65 hectares de paisagem natural envolvente. Um paraíso em ponto gigante. Cada suite tem 30 metros quadrados de mínimo e 67 de máximo. Possuem acesso a varanda, a alpendre e a pátio privado. Cruzam-se uma sala de estar comum de quase 200 metros quadrados com sistema de som a que não falta um gira-discos clássico, televisão, mesa para vários jogos, até um piano. E sobressaem duas lareiras, para aquecer noites de inverno de copo de vinho na mão, quem sabe proveniente da adega local, que inclui 800 garrafas de diferentes marcas, nas quais se incluem 120 dos “melhores vinhos portugueses”. A mesma adega onde é possível realizar provas particulares sentado numa mesa especial com capacidade para dez pessoas e onde também se realizam experiências gastronómicas.

“É uma casa que permite tirar partido do espaço de diferentes formas: convivendo, tendo privacidade, aproveitando o silêncio, a paisagem e o lago”, resume José Avillez. As condições de aluguer implicam o mínimo do imóvel, seis quartos duplos, com esse valor a atingir os 4500 euros por noite. Por cada quarto adicional é cobrado o valor de 750 euros. Cada quarto single adicional chega aos 500 euros e um sofá-cama para crianças dos quatro aos 16 anos vale 250 euros. Gratuitos apenas os berços para bebés até três anos.

As tarifas incluem pequeno-almoço, almoço e jantar, além de bebidas que fazem parte da lista particular da Casa Nossa. As refeições principais têm assinatura do chef José Avillez, claro está, e seguem à risca o rigor das suas receitas confecionadas por uma equipa especializada.

Destaque é também a sala de cinema com um ecrã de dois por três metros onde são passados filmes escolhidos pela equipa da Casa Nossa, podem organizar-se momentos de karaoke e mesmo pequenos concertos.


Casa Nossa
Localização:
Campinho, Reguengos de Monsaraz
Preço: a partir de 6500 euros por dia (ocupação integral)
Inclui: sala de cinema, cabana de massagens e adega privada


No amplo espaço exterior é possível mergulhar nas duas piscinas disponíveis, fazer sauna ou banho turco, utilizar um estúdio de ioga ou uma cabana de massagem. Quem quiser praticar exercício físico tem acesso a um ginásio, a courts de ténis ou a quadras de padel, até um campo de futebol de cinco. Os amantes de desportos aquáticos podem descer ao Alqueva e ali praticar atividades como ski aquático.

De julho a agosto, os meses de temporada alta do turismo, apenas são aceites marcações para o mínimo de uma semana, de sábado a sábado. Convidados extra estão sujeitos à lotação máxima da casa, 28 pessoas, e é necessária uma caução prévia de 2500 euros paga aquando do check-in e desbloqueada até três dias depois do check-out. Depois, é o passaporte para contemplar e sentir um Alentejo diferente. O Alentejo onde cabe o luxo mas nunca falta a idiossincrasia de uma região única, onde o céu parece tocar a terra e ambos se fundem num fogo imenso e intenso de emoções.

D’“Os Maias” ao futuro

À paz e quietude do Alentejo, pode contrapor-se o bulício de Lisboa vivido em exclusividade no interior do Palácio do Ramalhete, casa senhorial do século XVII, inteiramente renovada e adaptada à realidade atual que não perdeu o glamour que sempre a caracterizou e agora oferece comodidade agregada à palavra luxo. A cantora Madonna que o diga, foi lá que se instalou durante parte da sua estadia em Portugal, quando fez juras de permanência eterna até quebrar a promessa e voltar às origens. Ficou no Executive Dove, quarto que foi a antiga capela do palácio, com tetos altos desenhados ao detalhe, de onde sobressai a imagem de uma pomba que parece abençoar o espaço numa mensagem de serenidade.

Situado na rua das Janelas Verdes, a poucos metros do Museu Nacional de Arte Antiga e com janelas debruçadas para o rio Tejo, o Palácio do Ramalhete foi mandado construir pelos Duques de Palmela, resistiu ao terrível terramoto de 1755 e foi, já no século XIX, inspiração para Eça de Queiroz, que nele imaginou a casa da família Maia, em “Os Maias”, residência que ficou para a história da literatura, precisamente, como “O Ramalhete”, nome devido a um faustoso ramo de girassóis que fazia lugar no escudo de armas e que se acredita ter mesmo existido no local.

Hoje, o Ramalhete pode ser alugado em exclusivo por 8125 euros a diária para clientes individuais, que a podem habitar temporariamente durante um período de férias em exclusividade de grupos únicos. Sem mais perturbações, como se tomassem como deles o Centro Histórico de Lisboa por dias e noites de dono único.

“O palácio ainda possui os originais da primeira construção, nomeadamente os tetos, os azulejos portugueses pintados à mão e o próprio chão”, destaca Íris Fidalgo, responsável máxima pelo Departamento de Reservas do Palácio do Ramalhete.

A privacidade é uma das características do edifício, desde 2011 dedicado inteiramente ao turismo, cujo interior como que se esconde da agitada Lisboa em copa fechada desdobrada em vários pátios. Manter a traça original foi preocupação de quem o projetou para novas funções, concebendo 16 quartos, todos com características que os tornam singularidades preciosas. “Alugamos a propriedade de forma exclusiva e temos como clientes, sobretudo, hóspedes norte-americanos, franceses, ingleses, brasileiros, também espanhóis”, assinala Íris Fidalgo.


Palácio do Ramalhete
Localização:
Lisboa
Preço: 8125 euros por dia
Inclui: solário, piscina e lounge


No Palácio Ramalhete existe serviço particular de pequeno-almoço, a única refeição disponível. E uma equipa pronta 24 sobre 24 horas para auxiliar no que for necessário quem lá se hospeda. Também não faltam bares, piscinas, salas com vários fins, solário, um lounge onde é possível desfrutar de momentos de tranquilidade em plena capital como se na mais tranquila das aldeias se estivesse. “A ideia foi combinar tradição com contemporaneidade”, frisa Íris Fidalgo. Dar a um palácio antigo o toque de classe dos tempos modernos sem deixar que a classe de sempre dele desaparecesse, portanto.

Mercado em expansão

A oferta de casas de férias alugadas em exclusivo a um segmento muito particular, o segmento de quem procura luxo e exclusividade, é tendência de que os especialistas no setor se têm apercebido ao longo do passado recente. Explicam que estava em alta antes de pandemia, que sofreu uma paragem brusca natural durante os anos em que a covid atacou forte e obrigou ao encerramento de (quase) tudo, e que voltou a disparar forte mal o turismo começou a dar sinais de retoma para voltar aos níveis de sempre, com as primeiros notas positivas a surgirem em 2021 e uma subida brutal da procura nos anos seguintes.

“Há uma forte demanda por habitações de elevado padrão de qualidade para temporadas de férias”, confirma Pedro Fontainhas, diretor executivo da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts, fundada em 2011 e que conta com 27 empresas representativas de cerca de uma centena de empreendimentos imobiliários ligados a este ramo tão específico. “O público-alvo é estrangeiro, salientando-se no mercado turistas provenientes dos Estados Unidos da América, do Brasil, de França, dos países da Escandinávia e do Reino Unido”, especifica. Quanto aos portugueses, “estão em clara minoria mas têm vindo a subir de forma notória e material”.

A disposição geográfica das casas de férias de luxo é flexível, com “praticamente todas as regiões do país” abrangidas por um leque de opções para quem busca esta opção particular. “O Algarve é dominante e está sempre em alta, sobretudo a zona do chamado Triângulo Dourado, que abrange a Quinta do Lago, Vale do Lobo e Loulé. Mas já é visível que há oferta noutras zonas de Portugal, muito embora com menos intensidade”, aponta.

“Os clientes são pessoas de um estrato social e económico elevado, com grande poder de compra, que querem férias com paz e qualidade e são intransigentes nesse aspeto específico. Não lhes pode faltar, também, algum glamour, vida social, bons restaurantes, desportos náuticos e campos de golfe”, traça Pedro Fontainhas. Nisso, “Portugal tem bastante para oferecer” e consegue ombrear com mercados tradicionais que fazem dos padrões de excelência ponto de ordem para quem procura férias com orçamento acima da média. “Conseguimos competir de igual para igual com países como os Estados Unidos, Espanha e Itália, os mais competitivos neste campo. Além disso, os preços não subiram muito por cá, registaram-se apenas subidas muito ligeiras”, assinala o responsável.

David Carapinha, CEO da Home Tailors, agência especializada no imobiliário de luxo, verifica um “segmento em crescimento claro”. E avança outro dado: “Há cada vez mais pessoas a comprarem habitação que depois é colocada no mercado para servir especificamente este segmento. São casas que prometem grande rentabilização.” A este tipo de aposta juntam-se nichos que num futuro próximo prometem fazer escola. “Está a nascer, embora ainda não de forma totalmente evidente, um tipo de turismo de alta voltado para pontos específicos de atividade, de que é bom exemplo o turismo vínico”, revela David Carapinha.

Além do Algarve, locais “como a Comporta e Cascais” têm sido particularmente abrangidos por esta movimentação de negócio. As grandes cidades, essas, são deixadas para segundo plano “por possuírem bastante oferta hoteleira, o que não condiz com um tipo de procura que prefere conforto, sim, mas em locais preferencialmente longe das aglomerações, mais isolados e privados em moradias de dimensões consideráveis”.

Um género de turismo bastante específico, em que os preços não são condição para quem dele quer usufruir. E em que a procura é dominada por quem não faz da poupança particular prioridade, antes tem por objetivo que as férias sejam inesquecíveis e com todos os condimentos associados a uma experiência conseguida, usando de todos os apetrechos possíveis para que se torne mágica de tão singular e específica. “Portugal é um excelente destino para essas pessoas porque consegue oferecer todas as experiências em locais que concentram em si próprios tais requisitos. E pode tornar-se um país cada vez mais apetecível nos próximos verões, o que, aliás, é perfeitamente observável na subida do interesse internacional pelas nossas opções”, releva David Carapinha.

Outro dos pontos que fazem de Portugal um destino de eleição dos que solicitam luxo acima de tudo são os preços por cá praticados. Afinal, e basta consultar algumas das publicações especializadas neste segmento a nível mundial, continuam a praticar-se preços altos, sim, mas ainda na média dos exemplos observáveis noutras paragens.

Vejamos o exemplo das Maldivas, onde se combina classe com sol e praias de areia fina e mar azulíssimo. Segundo a “Travel + Leisure”, uma das mais prestigiadas revistas internacionais de turismo, uma casa de 17 mil metros quadrados pode ser alugada em exclusivo por 21 mil euros por dia. Tem areal privado, piscinas, ginásio e outras comodidades que a fazem uma das mais procuradas localmente. Mais cara ainda é a Villa Embrace, considerada uma das residências estivais mais exclusivas do Mundo, na ilha de São Bartolomeu. Com preços que partem dos 140 mil euros diários, oferece particularidades como uma garagem com capacidade para dez automóveis, um elevador panorâmico em vidro com vista para o mar das Caraíbas, uma sala de jogos e outra de cinema. Ainda nas Caraíbas, nas ilhas Turcas e Caicos, o resort Grace Bay disponibiliza habitações únicas situadas ao longo da imensa praia homónima que podem albergar grupos até 16 pessoas por valores que rondam os 15 mil euros por dia.

Voando para África, na cidade marroquina de Marraquexe é possível encontrar a Royal Mansour, residência estival com 20 mil metros quadrados que não pode ser reservada por menos do que 38 mil euros. Possui serviço privado de atendimento por parte de funcionários exclusivos, um salão para projeção de filmes, quartos temáticos, duas piscinas de grandes dimensões, várias salas de estar e de jantar, até uma imensa biblioteca. E é das mais requisitadas do continente.

Na Europa, França, Itália e Espanha são três dos países que mais concorrem com Portugal no mercado das casas de férias de elevado padrão. É precisamente em território francês que pode ser frequentado o Hotel du Cap-Eden-Roc, unidade que foi transformada em espaço acessível apenas para marcações singulares, onde não faltam mordomo e motorista sempre ao dispor, entre outras múltiplas particularidades que o fazem figurar no topo das preferências por preços que andam pelos 13 mil euros diários. Outro hotel, este que se divide em 28 penthouses, domina quem opta por Barcelona como destino de viagem. Possui uma panorâmica impressionante sobre a capital da Catalunha e tem colaboração com o restaurante Enoteca, do consagrado chef Paco Perez, premiado com várias estrelas Michelin. Já na italiana Milão, as casas do empreendimento Bulgari tornaram-se famosas pelos seus amplos terraços, que proporcionam um espetáculo particular, onde cada pôr do sol merece contemplação de cortar a respiração, e pelos interiores, decorados por conceituados designers que ali imaginaram originais desenhos de criatividade. Não custa menos do que 14 mil euros diários, dependendo dos extras requisitados pelos hóspedes.

Um imenso Douro particular

Voltando a Portugal, poisemos a atenção no Douro e no seu vale de vinhas que preenchem aquelas escarpas de pedra dura que descem em violência bruta mas suave em beleza inaudita até ao rio. E fixemo-nos na Quinta do Pessegueiro, no lugar da Afurada, em Ervedosa do Douro, no concelho de São João da Pesqueira, que alia o enoturismo ao conceito de habitação temporária destinada a clientes únicos onde não falta classe aliada a História e a uma posição geográfica invejável.

Foi assim pensada pelo empresário francês Roger Zannier, que se apaixonou pelo Vale do Douro quando o visitou pela primeira vez, no início da década de 1990, e ali adquiriu três quintas, além da do Pessegueiro, uma em Valença do Douro e outra também em Ervedosa do Douro. Dividiu-as em diferentes projetos, começou a produzir vinhos, fez da experiência partilha e vem-na mostrando aos outros com o objetivo de “oferecer experiências autênticas, preservando a discrição, a elegância e a pureza dos lugares”, como define Célia Varela, diretora-geral da Quinta do Pessegueiro. “Cada projeto transmite fortes valores que podem ser resumidos à autenticidade, simplicidade, conforto, inovação e integridade”, sublinha.

De julho a setembro, alugar em exclusivo a Quinta do Pessegueiro custa cinco mil euros ao dia. Os preços descem para os quatro mil euros nos períodos entre outubro e dezembro e de abril a junho. Pelo meio, de janeiro a março, embaratecem para três mil euros. A quinta possui oito quartos e apresenta como postal visual a paisagem do Douro. Não deixou escapar a traça original sem que o design moderno lhe fizesse mossa. E fica a poucos quilómetros da adega do grupo, que pode ser visitada a qualquer momento e faz parte da experiência.

“O nosso objetivo é despertar emoções em quem nos visita. Promovermos o regresso aos prazeres simples, à gastronomia, à alma da região e ao contacto com a Natureza”, indica Célia Varela. Entre outras comodidades, os hóspedes têm acesso a um enorme salão e a uma não menos imensa cozinha. Com eles podem trazer, e trazem habitualmente, chefs que lhes preparam as refeições e motoristas particulares que os conduzem nas deslocações naquelas estradas que carregam consigam solidão e curvas apertadas entre longas distâncias. “Recebemos mais estrangeiros do que portugueses, em particular norte-americanos, franceses, belgas e brasileiros”, enumera a diretora-geral. “Domina a faixa etária entre os 40 e os 55 anos”, completa.


Quinta do Pessegueiro
Localização:
Ervedosa do Douro, São João da Pesqueira
Preço: 5000 euros por dia
Inclui: chef privado e motorista particular


A Quinta do Pessegueiro foi, também, inspiração para Roger Zannier se lançar noutros projetos de turismo de luxo Mundo fora. Abriu espaços em quatro continentes, contando já com cinco hotéis no portefólio e outros três em desenvolvimento. Sempre com o Douro como referência.

O mar como vizinho especial

O Algarve fez história como a primeira localização em Portugal para casas exclusivas destinadas a férias de luxo muito particular. E é lá, mais propriamente em Porches (Lagoa), que domina a Vila Trevo, instalada no topo de uma falésia rochosa com fronteira direta para o Oceano Atlântico. Com cinco quartos, é alugada como unidade única apenas para clientes individuais. “Um refúgio tranquilo e refrescante”, como o descreve Katya Bauval, diretora executiva do grupo Vila Vita Parc Resort & Spa.

Construído em 1992 e entretanto remodelado e redecorado, o Vila Trevo é alugado por preços que começam nos 8800 euros diários, com direito a mordomo particular e a chef de cozinha. Pode albergar até 12 hóspedes e é procurado, essencialmente, por ingleses, norte-americanos, sauditas e alemães. “A maior parte sai da vila e pede imediatamente para a reservar para o ano seguinte”, confidencia Katya Bauval. “A permanência média é de uma semana, mas já houve quem tivesse ficado durante três meses”, acrescenta. A Vila Trevo possui ainda ginásio, spa, sauna, banho turco. E uma piscina de grandes dimensões, pertíssimo de uma enorme área onde é possível, além de descansar, realizar barbecues sem perturbações de estranhos. No interior, as suites espalham-se por três andares, nos quais sobressaem quadros e outras obras de arte, além de duas salas de jantar.

 


Vila Trevo
Localização:
Porches, Lagoa
Preço: 8800 euros por dia
Inclui: spa, banho turco e área de barbecue


Tudo isto para que nada falte numas férias que se querem luxuosas, discretas e recheadas de classe. Domínio que em Portugal vai fazendo escola e arte. E em que as opções para tal se vão tornando comuns, diversificadas e originais. Cada vez mais originais.