Sites do grupo Impresa sob ataque

Os piratas destruíram todo o histórico de notícias armazenado nos servidores do “Expresso” e da SIC

Páginas do “Expresso”, da SIC e da “Blitz” ficaram indisponíveis devido a ataque informático. Os autores, um grupo que se autointitula de Lapsus$, já visaram o Ministério da Saúde brasileiro e a gigante de videojogos Electronic Arts. A empresa lamenta um “atentado à liberdade de imprensa nunca visto em Portugal” e a Polícia Judiciária está a investigar o caso.

O ataque
Na madrugada de domingo, 2 de janeiro, os piratas assumiram o controlo dos sites do “Expresso”, da SIC e da “Blitz”, fazendo exibir a mensagem de que dados sensíveis seriam divulgados se a empresa não pagasse o resgate. No entanto, a Impresa fez saber que não houve qualquer pedido de resgate.

Como?
Segundo a Impresa, os atacantes acederam à plataforma de cloud, bem como aos painéis de controlo de serviços externos utilizados para comunicar com os assinantes e subscritores, enviando comunicações não solicitadas.

“Só uma mente muito retorcida consegue fazer uma ligação entre o tipo de crimes pelo qual sou acusado e ataques devastadores como o que atingiu a Impresa”
Rui Pinto
Hacker português que está a ser julgado por crimes de acesso ilegítimo, sabotagem informática, tentativa de extorsão, entre outros

23%
O aumento do número de ataques informáticos em Portugal durante o primeiro semestre de 2021, face ao mesmo período de 2020, segundo dados do Observatório de Cibersegurança.

Arquivos apagados
Além de terem deixado as páginas indisponíveis (foram entretanto criados sites provisórios), os piratas destruíram todo o histórico de notícias armazenado nos servidores do “Expresso” e da SIC. Cópias de segurança incluídas.