Mola, um tributo a Arquimedes

Apesar de as primeiras versões da mola terem sido de madeira, rapidamente ela assumiu a forma de outros materiais

Considerada uma das cem maiores invenções de sempre, a mola segura uma história onde cabe uma seita religiosa e um matemático grego.

Uns garantem que a sua invenção teve dedo da seita religiosa Shakers, fundada em Inglaterra no século XVIII sob a bandeira do pacifismo e da simplicidade em todos os aspetos do quotidiano. Outros remetem o engenho para os pescadores que, por esta altura, supostamente, até já as usavam para pendurar as redes de pesca. E depois há dois nomes consensuais: por um lado, o de Jérémie Victor Opdebec, responsável por patentear a primeira versão da mola, já no século XIX (na altura uma única peça, de madeira, com uma pequena distância entre as suas pontas, onde se prendia a roupa); por outro, o de… Arquimedes, matemático, físico e inventor grego, da Antiguidade Clássica.

Não, é claro que Arquimedes não inventou a mola. Mas é dele o princípio, conhecido por princípio das alavancas, que está na génese da versão atual da mola, engendrada primeiramente em 1853, pelo americano David M. Smith. Ou seja, a força aplicada nas duas partes superiores da mola fazem com que esta se abra. Pelo contrário, se esta força não for exercida, a mola permanece fechada.

Terminado este apontamento de Física, falta dizer que, apesar de as primeiras versões deste objeto terem sido de madeira, rapidamente ele assumiu a forma de outros materiais, como o aço e o plástico (a forma mais comum nos tempos que correm). E que atualmente há modelos para todos os gostos: em V, em I, em U, com mola circular ou helicoidal. E já agora, que este objeto que até já foi considerado uma das cem maiores invenções de todos os tempos, até tem alimentado o imaginário de uma série de artistas pelo Mundo fora. Basta olhar para esta página.