Susana Romana

Chicão, Costa, Rio e as sondagens

Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.

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O país ainda vive o rescaldo das eleições. O PS ganhou a maioria absoluta e ficou mais surpreendido do que o CDS quando ganhou uma coroa de flores na sede.

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Costa apanhou de tal maneira uma boa fatia do eleitorado (de pessoas mais à esquerda até eleitorado que não queriam que o PSD se juntasse ao Chega) que pelo meio também apanhou covid. Tem a 3.ªº dose de vacina, mas agora também tem 3.ª dose de Governo.

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Na verdade, o Costa ficou tão à frente do Rio porque estava já a fazer distanciamento. Muito precavido.

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Rio que acabou o discurso de derrota a falar alemão com um jornalista. Felizmente, a Rosa Mota não estava por perto, ou ia já temer uma invasão da Polónia.

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Quem também perdeu as eleições foram as empresas de sondagens, que mais uma vez ficaram longe dos resultados. Tenho de começar a ler as fichas técnicas, porque suspeito que o método usado é o de uma daquelas maquinetas do bingo. “Trinta e três para o PSD, três três!”

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Na verdade, o excesso de sondagens poderá muito bem ter mudado as intenções de voto de muitos eleitores. Todos os dias dava uma nova das televisões e as pessoas convenceram-se que vinha aí uma coligação do Bruno de Carvalho com a Liliana.

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Quem está disponível para um “Big Brother Famosos” é Chicão, que abandona assim a liderança do CDS. “Nomeio o Jardel, porque um esquadrão de cavalaria à desfilada na sua cabeça não esbarra contra uma ideia. E deixou a tigela do Chocapic dois dias na pia.”

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O novo Governo deverá ser conhecido por volta de 20 de fevereiro. Até lá, se é primo de um secretário de Estado ou se andou com o Costa na natação no 7.º ano, pode candidatar-se a um dos ministérios.