Vassoura: das bruxas ao lar

Práticas de utilizar, as vassouras, esses objetos formados por um cabo que liga a um conjunto de cordas ou de pelo na sua extremidade inferior, fazem parte do quotidiano do lar. Aliás, sempre fizeram, mesmo que as suas formas não tenham sido sempre as que lhes conhecemos hoje.

Foi graças ao agricultor americano Levi Dickenson que, no século XVIII, a vassoura ganhou o desenho que a tornou comum. Cansado de ver a mulher desesperar na hora de limpar o chão da sua propriedade, Dickenson imaginou e tentou criar um instrumento que facilitasse a tarefa. Nada mais fácil magicou do que uma vara sólida, ou algo parecido, a que pudessem ser amarradas franjas de milho em bloco que permitissem recolher o pó sem que se desfizessem amiúde. A ideia ganhou forma e sucesso, acabando por ser replicada em vários pontos dos Estados Unidos.

Antes disso, o que possa ter sido chamado de vassoura mais não era do que um simples e pequeno aglomerado de galhos ou de ervas amarrado a uma pega que lhe desse sustentação. E aí residia o problema, pois facilmente tal bloco se desfazia ao fim de pouco uso.

As vassouras estão também associadas à mitologia e à bruxaria. Segundo lendas da Idade Média, era nelas que as bruxas se deslocavam depois de as ungirem com poções estranhas que envolviam, entre outros compostos, sangue de crianças mortas por ordem do Diabo. Outra teoria afirma que a ligação das vassouras a objetos voadores surgiu devido às visões de populares que bebiam chás de plantas com propriedades alucinogénias e imaginavam viajar céus fora montados, lá está, em vassouras.