A caminho de uma nova estação, novas tendências à vista e a confirmação de estampados que não saem de moda. É o caso do “animal print”, que “tem passado de estação para estação e, apesar do seu dramatismo, é uma tendência muito versátil”, indica o stylist Pedro Crispim. Marcantes, os padrões “funcionam quase como um twist de selva urbana, sendo necessária alguma força e garra para os usar de forma descomplicada”, acrescenta o produtor. Pedro Crispim assina modelos arrojados, a condizer com o que usa, em parceria com a marca Patrícia Henriques, na coleção cápsula Urban Jungle.

Nas grandes marcas e na “fast fashion”, o estampado é exibido na roupa e nos acessórios. E, como nota Pedro, “existem algumas peças masculinas que também não ficaram indiferentes a esta ‘pegada selvagem'”. Além disso, nas redes sociais são muitas as influenciadoras a mostrarem visuais que servem de inspiração.

Usar sem errar

A consultora de imagem Raquel Guimarães sente que o padrão animal é reflexo de “uma época em que se vive em plena conexão com a natureza”. Usam-se em várias cores e tamanhos, mas com bom senso. Afinal, “quanto maior a estampa, mais volume acaba por conferir ao local do corpo onde é colocada”.

Habituada a conduzir formações nesta área, Raquel dá algumas dicas para quem goste de grandes estampas: “O ideal é cortar o efeito com pequenos truques de ilusão de ótica que confiram verticalidade (altura)”. Pormenores a ter em conta? “Um blazer em tons mais escuros e num tom mate com um botão descido para acentuar o efeito ‘V’ profundo, um casaco de 3/4 comprido, um laço escuro na blusa ou uns botões escuros de forma a criar uma linha vertical com efeito adelgaçante.”

Raquel Guimarães alerta ainda para o tom do padrão: “Se tiver um subtom [cor de fundo] de pele quente [dourado, amarelo, pêssego] opte por um padrão com um pigmento mais amarelo. Caso tenha um subtom de pele mais frio [gélido ou acinzentado] escolha um pigmento mais azulado”.

Forte mas versátil

Padrões que não deixam ninguém indiferente surgem agora em novas cores e até misturados com outros estampados. Para quem gosta mais de discrição e quer “cortar o efeito impactante, o ideal é combinar com peças em tons neutros ou mais desportivas. Assim, será possível transitar entre os diferentes tipos de estilos, do mais sexy ao causal chique”. E tanto pode jogar bem com saltos altos, como com botas ou sapatilhas, como a apresentadora Fátima Lopes mostrou recentemente no programa “A Tarde É Sua”, na TVI.

Os materiais também variam, mas Pedro Crispim chama a atenção para a qualidade do tecido, que “convém que seja bom, a par do bom corte da peça, senão rapidamente a leitura do look toma um rumo menos elegante”.

Todas as diferentes estampas devem identificar-se com quem as veste, tendo também em conta as características intrínsecas aos animais que as inspiram. São padrões que, além de concederem estilo a visuais modernos no quotidiano, podem transmitir estados emocionais.

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