Chega novembro e os miúdos ficam enfeitiçados com os catálogos de brinquedos. É para evitar a histeria que Sónia Martins, psicopedagoga em clínicas lisboetas, priva os filhos do acesso aos folhetos, “para não caírem na tentação de quererem tudo”. Todavia, “a pressão dos anúncios é enorme e os adultos acabam por dar mais do que é necessário”.
Sónia defende que é mais importante presentear com atividades que envolvam a família: “Oferecer uma entrada no zoo, no Oceanário ou num museu são bons presentes, pois promovem a interação”.
Psicomotricista e educadora parental em Vila do Conde, Beatriz Pereira sublinha a importância de brinquedos que aliem ludicidade e pedagogia: “A aprendizagem perdura mais quando acontece através da vivência. O cérebro aprende mais a brincar”.
No primeiro ano de vida a exploração sensorial é fundamental. Entre um e dois anos é importante perceberem a relação causa-efeito. Dos dois aos três incentiva-se o desenvolvimento motor e a imaginação. Crianças entre os três e os seis devem ser encorajadas a formar raciocínio. Dos seis aos oito, jogos que estimulem a invenção e a criatividade. Dos oito anos em diante, “já sabem dizer o que querem, mas importa estimular a criatividade”.
Os livros são para crianças de qualquer idade. Tecnologia? Só a partir dos três anos.
Ofertas que cultivam o crescimento
Até aos 2 anos: Objetos com sons, luzes e texturas adequam-se ao primeiro ano de vida. Aos dois, jogos de encaixe e carrinhos de bonecas.
Dos 2 aos 5: Triciclos, bolas, instrumentos musicais, legos, puzzles, plasticinas, figuras de ação, bonecas e bicicletas.
Dos 5 aos 8: Objetos telecomandados e jogos ligados à ciência, a invenções e a experiências.
Maiores de 8: Bicicletas, skates, patins, jogos de computador e de mesa didáticos e outros que instruam e incutam sentido de responsabilidade.
