Texto NM | Fotografias da Shutterstock
São tantos os porquês, quando se fala em desejo sexual, que daria um tratado tentar responder a todos eles. Porque queremos tanto ter sexo com algumas pessoas e nenhum contacto físico com outras? Onde começa, de facto, a atração sexual? E em relação a nós próprios: porque somos tão apetecíveis aos olhos de uns e tão pouco aos olhos de outros?
Talvez porque no amor haja mesmo razões que a razão desconhece, a avaliar pelas conclusões de uma pesquisa do neurocientista e futurista norte-americano Eric Haseltine, publicada na revista Psychology Today. Por isso, e porque todos temos um lado primitivo bastante forte, mais vale perceber como funciona este mecanismo para não comprometer a qualidade (e a durabilidade) das relações amorosas.
Na prática, ainda que possamos saber o tipo de parceiro que preferimos, desconhecemos quase sempre os motivos dessa escolha inconsciente.
«Os franceses usam a expressão je ne sais quoi (literalmente “um não sei quê”) para descrever aquele toque de mistério que faz com que uma pessoa em particular seja sexualmente atrativa», explica o especialista.
Na prática, ainda que possamos saber o tipo de parceiro que preferimos, desconhecemos quase sempre os motivos dessa escolha inconsciente, mesmo tratando-se de uma questão vital para a sobrevivência da espécie. Mas uma coisa é certa: o cheiro é determinante nessa escolha (explicamos porquê na nossa fotogaleria).
Não convém andarmos por aí a cheirar os outros, mas podemos sempre ficar atentos aos sinais.
E não, o neurocientista não sugere que nos ponhamos a cheirar as axilas (ou qualquer outra parte odorífera do corpo, já agora) de uma pessoa que acabámos de conhecer: provavelmente, só isso já cortaria o desejo sexual do mais afoito.
O que não significa que não devamos ficar atentos ao que nos diz a intuição, alerta Haseltine. Se por acaso o cheiro dessa nova conquista evocar o de um ex com quem a relação anterior descambou, o mais certo é tratar-se de um aviso de que estamos a sentir-nos atraídos pela pessoa errada.