
Mentimos todos os dias, a toda a gente. Aos médicos também. Mas as mentiras que dizemos sentados no gabinete de consultas, por muito inocentes que pareçam, podem ter consequências graves e dificultar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento. Mentir ou omitir informações ao médico não é bom negócio para sua saúde.
Médicos e pacientes devem ter uma relação franca e honesta, pautada pela sinceridade e sem omissões. Esta é a teoria, mas na prática sabemos que os médicos, por vezes, podem tentar aligeirar a verdade na hora de dar más notícias para nos ajudar a ver o copo meio cheio, em vez de meio vazio. Mas também sabemos isto: os pacientes mentem mais aos médicos do que os médicos aos pacientes.
O WebMD – um site sobre saúde nos Estados Unidos – fez um inquérito aos seus leitores que mostrava que 45 por cento das pessoas não diziam toda a verdade aos médicos, sendo que os pacientes mais jovens, entre os 25 e o 34 anos, eram os que mais tendência tinham para mentir ou ocultar a verdade.
As razões são mais do que muitas. Entre os 45 por cento que admitiram faltar à verdade, as principais motivações foram o receio de ser julgados (50%), considerarem a verdade embaraçosa (31%), acharem que o médico não ia entender (21%), acharem que o médico não tinha nada que ver com isso (9%), conseguirem um medicamento ou tratamento em particular (6%), não terem de tomar medicação (2%), não quererem ser advertidos ou ouvirem recomendações (2%), por discordarem do médico (1%) ou não quererem que a verdade fique no registo médico ou que a companhia de seguros lhe tenha acesso (1%).
Quase todas estas motivações podem ser desmontadas com um simples argumento: o médico não está ali para julgar, mas para ajudar. Por isso, não lhe diga estas nem outras
mentiras…