Curtos, médios ou compridos, os cabelos querem uma boa tesourada para se apresentarem saudáveis. O “bob” continua a ser o penteado que mais usam as mulheres, enquanto o “freestyle” promete conquistar os homens.
Na primavera que agora chega, os cabelos querem-se livres e bem tratados. Um corte de qualidade é condição indispensável para estarem saudáveis e na moda. Além de permitir mudar de visual, mesmo que não seja extremo. “Cortar dá forma aos fios, nem que seja apenas duas vezes ao ano”, garante Mafalda Perfeito, a cabeleireira responsável pelos penteados de Diana Chaves e Sónia Araújo, entre outras famosas da televisão.
“Os cortes devem ter uma estrutura bem elaborada para durarem por mais tempo”, defende a profissional. É o caso do “bob” que continua a estar em voga, mesmo com variações que o atualizam. “Mais curto ou mais longo, este estilo de corte mantém-se tendência e isto deve-se à praticidade e versatilidade no dia a dia”, aponta o hair stylist David Xavier.
Mas há outras tendências. “Assumir os caracóis é uma das grandes propostas para 2022”, assim como as franjas, que continuam em força, sendo que “a ‘cortina’ perde força para uma franja mais reta e repicada, fazendo lembrar os visuais de Nelly Furtado e Beyoncé no início do século”.
Dos idos anos 1990 “são também recuperados os escadeados”, que dão mais movimento, mais volume e textura dos fios de cabelo”, acrescenta David Xavier, notando que “o risco ao meio parece que veio para ficar”.
Com salões em todo o Mundo, a Jean Louis David dita o “corte ‘mullet’ comprido” como a moda para a primavera-verão 2022 em Portugal. “Com uma franja ligeiramente arredondada e um escadeado bastante acentuado, este corte cria volume e movimento, para um cabelo com vida”, explica a marca. Pode ser usado “mais wild para um look descontraído, ou liso para um um look mais clássico”.
Cannes serviu de cenário às propostas internacionais da Mod’s Hair, prontas para a tesoura de Carla Malheiro, a diretora criativa do espaço da Foz, Porto. Da influência dos anos 1980 nos cortes carré, com franja, a valorizar o rosto e revelar a intensidade do olhar, à sensualidade do movimento do corte longo em camadas ou naturalidade do escadeado em cabelo comprido e ondulado com a mecha frontal cortada pelo queixo, há opções modernas para diferentes estilos.
Tendências para eles
Os cuidados estendem-se ao público masculino, até porque os homens também vão em modas. O cabeleireiro Marco Baltazar ainda não pôs em prática tudo o que se vai usar, mas destaca o ‘”freestyle” como o que mais se vai ver. “É um corte 100% escalado, que dá total liberdade aos cabelos e, no dia a dia, não dá trabalho”, descreve. Compete com o ‘crop top’, com laterais feitas em degradé mais agressivo e subido. Usa-se ondulado, até porque o caracol está na moda”.
O cabeleireiro antecipa também o regresso do “antigo moicano ou ‘mullet style’, sem crista”. Neste caso, “o cabelo liso tem de ser todo estruturado, com um acabamento mate, para dar um négligé”. Os cortes escova estão entre as sugestões para eles da Mod’s Hair.
Em todos os casos, como lembra David Xavier, “cada um deve escolher o visual com que se sinta confortável”. Habituado a cuidar da imagem de várias figuras públicas no seu espaço de Lisboa, assegura que “este ano o comprimento não é relevante”. “Dos compridos aos curtos, não há uma regra”, conclui.
