Escolhas culturais do jornalista Mário Augusto.
O infinito num junco
Descobri este livro de Irene Vallejo por sugestão do meu editor, que me disse que este era obrigatório para quem gosta de escrever e ler. E fiquei encantado. A capa, apesar de singela, não revela muito sobre o encantamento de 450 páginas de prazer e conhecimento. Tenho o vício de sublinhar as obras que leio, por uma frase, um pensamento, uma ideia, e este está todo marcado. É um livro sobre a história dos livros e do conhecimento, escrito de forma sublime.
O padrinho
Dentro de poucas semanas celebra-se os 50 anos da estreia do grande clássico “O padrinho” de Francis Ford Coppola. É a obra perfeita do cinema americano, um filme que revejo algumas vezes, da mesma forma que Martin Scorsese diz que revê “Lawrence da Arábia” sempre que começa a produção de um novo filme. Vai ser lançada uma cópia restaurada para cinema e Blu-Ray que seguramente espantará quem nunca o viu com olhos de ver, olhos de bom cinéfilo.
Agnes Obel
Tenho na minha playlist uma artista dinamarquesa que me tranquiliza e ajuda a viajar, pela forma como trata a música, dando-me sonoridades únicas: Agnes Obel . O seu primeiro álbum, “Philharmonics”, foi lançado em 2010 e confirmou uma nova voz na música que foge aos padrões da pop e consegue embalar-nos com uma melancolia serena, confirmada pelos trabalhos seguintes. Proponho que a descubram, porque vale mesmo a pena.