Grandes pintores, pequenos desenhos

 

Habituados que estamos a ver Picasso nas paredes e ei-lo agora escondido nas páginas de um livro. Ele e Man Ray, Max Ernst, Joan Miró, Duchamp ou Vieira da Silva. É essa a proposta da exposição que hoje inaugura no museu da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva. Os outros desenhos dos grandes autores, aqueles que encheram cadernos de bolso, ilustraram livros, fizeram capas.

O espólio literário da galeria Jeanne Bucher sobe agora ao palco principal. A galerista, uma das mais notáveis promotoras dos grandes movimentos artísticos do século XX (noemadamente o cubismo e o surrealismo), fomentou entre os seus artistas uma intensa atividade de produção de catálogos, ilustrações para livros, objetos artísticos e diários, que editava a partir de 1925 em edições limitadíssimas.

Vieira da Silva conheceu Bucher em 1932 e colaborou com a marchant parisiense até à morte desta, em 1946. Nas paredes do museu estão também as ilustrações da portuguesa para um livro infantil, a fazer companhia a umas boas dezenas de esboços e serigrafias e diários. Até 21 de janeiro, Lisboa dá espaço grande ao pormenor.