Entre 2010 e 2016, os tumores malignos aumentaram 6,7% e são a causa de 24,5% das mortes. A taxa de mortalidade por tumores malignos em Portugal aumentou de 251,6 casos em 2014 para 256,7 casos em 2015. A mortalidade registada em 2015 nos homens foi bastante superior à das mulheres, de 213 para 105,5.
«O cancro não é só de quem o tem», alerta o médico especialista em oncologia Fernando Leal da Costa, ex-ministro da Saúde e ex-secretário de Estado Adjunto da Saúde.
Não há ninguém que não conheça alguém afetado pelo cancro, mas saber o que é viver com cancro ou depois de um cancro é outra conversa.
«Não chega ter fármacos, radioterapia e cirurgias melhores, quando a sociedade ainda não se adaptou a viver com os seus doentes», diz o ex-ministro da saúde, Fernando Leal da Costa.
«Tende a evitar-se aquilo de que se tem medo e, para muitos, ainda é mais fácil ir fumando e ignorar as imagens, visíveis nas embalagens, que nos lembram as doenças e o risco de morte associado ao cancro», diz Leal da Costa.
«Não, não chega ter fármacos, radioterapia e cirurgias melhores, mais curativas – sendo que há cancros que se curam e não são poucos -, quando a sociedade ainda não se adaptou a viver com os seus doentes», acrescenta.
As doenças oncológicas são a segunda causa de morte em Portugal. É importante que todos ganhemos consciência do que podemos fazer para prevenir.
Os números nacionais mostram um aumento da prevalência de cancros associados aos estilos de vida, hábitos alimentares pouco recomendáveis, aumento do consumo de tabaco e álcool, população mais envelhecida.
As doenças oncológicas são a segunda causa de morte em Portugal e um dos principais problemas de saúde. É importante que todos ganhemos consciência do que podemos fazer para prevenir, adotando estilos de vida mais saudáveis e fazendo rastreios regulares. Mas também é fundamental a investigação e os avanços na área da oncologia.
Na fotogaleria acima conheça 10 exemplos do que está a ser desenvolvido neste campo.