Imagine uma galeria de arte onde a entrada de animais de quatro patas é permitida e todas as obras em exposição são pensadas para agradar aos rafeiros peludos. Este foi um cenário real num atelier londrino.
Da mente do artista plástico britânico Dominic Wilcox nasceu uma exposição de arte contemporânea para cães, com gravuras e instalações interativas propositadamente pensadas para estimular os sentidos dos animais.
Totalmente adaptadas à mente canina, as obras que estiveram em exposição numa galeria londrina colocaram muitas caudas a abanar. Nas paredes, ao nível dos olhos dos cães, foram pendurados quadros pintados em tons de amarelo, verde e cinzento – cores reconhecidas pelo espetro de visão canino – e no centro da galeria foi montada uma piscina de bolas idêntica a uma taça de ração gigante. Houve ainda vários simuladores a encenarem viagens de carro e jogos de lançamento de disco.
Pela primeira vez, os cães puderam apreciar a arte contemporânea, numa exposição única. «A arte contemporânea tem sido uma importante fonte de inspiração e fascínio para os seres humanos, mas nunca antes foi criada com vista à elaboração do mesmo tipo de emoções em animais», disse, em comunicado, o artista inglês responsável pela exposição, que se apoiou em pesquisas sobre o funcionamento da mente canina para criar as peças. «Acho que brincar é muito importante para a saúde física e mental de um cão. Embora tenha sido um dos desafios mais interessantes da minha carreira , sinto-me muito bem por ter criado uma exposição como esta, com obras de arte interativas para uma nova audiência.»
Esta exposição de arte foi encomendada pela companhia de seguros britânica MORE TH>N para integrar a campanha #PlayMore, que visa incentivar as pessoas a darem mais atenção aos seus amigos de quatro patas. A mostra, de entrada gratuita, esteve patente na galeria The Hub, em Tanner Street, no sul de Londres, nos dias 19 e 20 de agosto. Dominic Wilcox admite não excluir a hipótese de repetir a exposição e até fazer uma semelhante para gatos.