Inventoras portuguesas somam patentes e quebram barreiras

São cientistas, inventoras e mulheres. O último facto não define a qualidade do que fazem, mas influencia a forma como foram e são tratadas ao longo da carreira. Portugal é o segundo país da Europa com maior percentagem de inventoras. Helena, Cecília, Paula e Sandra são quatro retratos de um mundo que acontece no feminino, mas que ainda é dominado no masculino.

“Um pouco mais de sol – eu era brasa./ Um pouco mais de azul – eu era além./ Para atingir, faltou-me um golpe de asa…/ Se ao menos eu permanecesse aquém…” O poema é de Mário de Sá Carneiro, mas inspirou o título da edição portuguesa de um livro de Hubert Reeves, um astrofísico canadiano. “Um pouco mais de azul. A evolução cósmica”, que, entre diversos detalhes, conta a história da formação do Universo, foi publicado em 1986, e pouco depois estava a ser oferecido ao pai de Helena Braga. O presenteado não lhe prestou grande atenção. O livro lá ficou pela biblioteca. Mas Helena, então com 15 anos, ainda a frequentar o Ensino Secundário, e com o hábito de ler livros teóricos, algo passado por familiares numa época em que a Internet ainda não era presença comum, deu-lhe uma oportunidade. Depois de folhear a primeira página, nada foi igual. Ficou decidido o seu destino. Por isso, diz, foi o livro que lhe deu uma oportunidade. A de conquistar a Física.

Helena Braga tem hoje 51 anos e, tal qual imaginou quatro décadas antes, é cientista, inventora, investigadora, professora. Em resumo, costuma descrever-se como curiosa, mantendo o espírito da Helena adolescente que pegou num livro da biblioteca do pai e ficou encantada com ele. Antes de “Um pouco mais de azul”, já tinha lido Stephen Hawking, Carl Sagan e outros homens da ciência. Não identificava, à época, o viés de género dos autores de divulgação científica que lia. Não havia mulheres na ciência com representação relevante. Por isso, tornou-se numa.

Conta que a carreira científica começou lá nos anos 1980, quando, após ler o tal livro, ousou questionar o autor. Literalmente. Ainda se lembra como se fosse hoje. “Terminei de ler, peguei numa folha, numa caneta, e no inglês que, na altura, conseguia, e enviei uma carta com, não só a minha impressão do livro, como uma série de perguntas aprofundadas sobre a temática da entropia, uma das que mais me conquistou naquela obra.” Se ainda houvesse dúvidas de que aquele livro teve um papel preponderante na vida de Helena e de que o futuro também se faz de coincidências, hoje a cientista foca-se, entre outros temas, no da entropia.

A história lá se adensa – a de Helena, que também ela é digna de livro. O autor e cientista Reeves respondeu à jovem curiosa. “Minha querida, envio-te em primeira mão o meu livro que será publicado em breve e que responde a grande parte das questões que me colocas.” Helena Braga ainda se lembra do dia em que abriu o correio e lá estava a missiva. E não se ficou por poder ler primeiro do que todos a nova obra de um renomado autor científico. Meses depois, sabendo que ele iria estar numa conferência em Aveiro, rumou do Porto até lá. Uma menina no meio dos senhores da ciência. No final da apresentação do astrofísico, Helena aproximou-se, cumprimentou-o e ele lembrava-se dela. Conversaram sobre o tema do Universo. “Lembro-me de pensar que os cientistas eram maravilhosos e achei que a minha carreira de investigadora, decidida naquela época, iria ser sempre com profissionais assim.” Não foi. Houve colegas difíceis, matérias desafiantes, professores inflexíveis e comentários desagradáveis, alguns deles por ser mulher.

Para contornar as adversidades, focou-se no curso de Física sem qualquer espaço para distrações. “Quando apresentei a minha tese, num dia em que estava adoentada e com febre, o júri perguntou como e porque é que eu tinha feito o curso em quatro anos, que era uma área demasiado difícil para cumprir o tempo regular de um curso e que, por norma, devia durar o dobro do tempo.” Mas Helena cumpriu-o. Fez doutoramento. Entrou numa vaga como professora auxiliar na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, onde tinha também estudado. E, se pudéssemos clicar num botão para visualizar em modo rápido toda a carreira de Helena, chegaríamos a um número: 16. O número de patentes que a cientista tem atualmente, quatro delas em nome individual (as restantes estão registadas em coautoria com outros e outras cientistas).

Recuemos à primeira. Terminado o doutoramento, seguiu para Los Alamos, nos Estados Unidos, para prosseguir com a investigação que tinha em curso. Foi lá que surgiu a primeira de muitas, a patente para um novo material que armazena hidrogénio – isto depois de, pela primeira vez, ter tido consciência da importância do registo de propriedade intelectual. “A primeira vez que me falaram numa patente foi já tardiamente. Antes disso nunca tinha pensado nessa hipótese.” Claro que conhecia as patentes de Thomas Edison ou de Einstein, “mas eram cientistas que admirava, não que pensasse que podia fazer algo como eles”. Mas fez.

Helena Braga considera que, em Portugal, “não há defesa” face à violação de uma patente. “Foi nos Estados Unidos que aprendi a ter cuidados com as minhas ideias, algo que agora transmito aos meus alunos e alunas: escrever tudo no caderno de trabalhos.” Qualquer ideia. Qualquer descoberta. Helena começou a fazê-lo na estadia em Los Alamos, chegando até a ter uma ideia assinada por John B. Goodenough, Prémio Nobel da Química, atestando a autoria daquela novidade. “O problema é que em Portugal não há ninguém, se as patentes são usadas por outrem, para nos defender. Não há litígio.”

Retorno profissional

Também Sandra Carvalho, recém-professora catedrática na Universidade de Coimbra, aprendeu com a experiência a importância de zelar pelas próprias ideias. “No doutoramento desenvolvi ferramentas de corte (que poderiam ser utilizadas no âmbito da saúde) e, numa conferência, apresentei os meus resultados. Foi então que uma empresa alemã, contente com o que apresentei, me pediu para desenvolver esses dispositivos para eles. Eu fiz, sem nunca pensar na importância da patente. Neste momento, a empresa produz as minhas ferramentas, a minha investigação está a ser comercializada, e eu não tenho qualquer associação a isso ou retorno financeiro.” Vale-lhe ainda assim, garante, “o retorno profissional” de saber que algo que criou está a ser utilizado para um propósito que acrescenta algo à sociedade.

Sandra Carvalho foi recentemente nomeada professora catedrática, uma posição na academia ainda fortemente dominada por homens. Tem três patentes registadas em coautoria e duas em processo de registo
(Foto: Maria João Gala/Global Imagens)

O tal “retorno profissional” e sentido de dever cumprido está amplamente associado ao facto de a profissão que hoje exerce ser a realidade de um sonho de infância. “Sempre quis ser professora, desde os oito ou nove anos, e quando tive Física e Química na escola fiquei logo decidida em que área seria professora.” E assim foi.

Ultrapassada a hipotética patente que nunca chegou a acontecer, na altura, por insensibilidade para o tema, a primeira chega já como professora e orientadora de alunos. “A primeira patente foi há cerca de dez anos, depois de uma aluna de mestrado ter dito que gostava de fazer algo diferente com o seu trabalho em produtos ortopédicos.” Conversa puxa conversa, ideia alimenta ideia, decidiram inovar na área dos implantes dentários. Sandra Carvalho, com base no trabalho da aluna, desenvolveu um implante que, através de materiais e técnicas de produção inovadoras, promovem uma adaptação do osso ao implante (osteointegração) mais rápida, eficaz e com menos probabilidade de infeção. Esta foi a primeira de duas outras patentes que se seguiram. E de mais duas que estão, atualmente, em processo de aprovação.

E qual é a importância de ter uma patente na carreira de um cientista? Talvez não tanto quanto se possa pensar. “A patente é mais um mecanismo de valorizar algo que estou a fazer, como esse existem outros. Claro que, tal como qualquer forma de obter resultados, patentear é um orgulho por saber que há um produto que eu desenvolvi que está no conhecimento da sociedade e que pode ir para a indústria e fazer a diferença na vida das pessoas”, afirma Sandra Carvalho.

Segundo dados divulgados no final do ano passado pelo Instituto Europeu de Patentes, Portugal é o segundo país da Europa com maior percentagem de mulheres inventoras (detentoras de patente). Por cá, nos pedidos apresentados entre 2010 e 2019, 26,8% de todos os inventores são mulheres, mais do dobro da média europeia, que se fixa nos 13,2%. Somos apenas ultrapassados pela Letónia, com 30,6% de inventoras mulheres. O relatório revela ainda que as universidades e as organizações públicas, nas quais se encontram Helena, Sandra, Cecília e Paula (já lá vamos a mais estas duas histórias), têm uma percentagem significativamente maior de mulheres inventoras, cerca de 36% em Portugal, do que as de empresas privadas, onde a representação feminino se fica pelos 19,4%.

O peso de um futuro

“Em Portugal, grande parte das patentes são resultado da academia e não tenho dúvidas de que a decisão de uma mulher em ficar na academia pesa mais do que ir para uma empresa. No meu caso, é por opção, porque me mantenho fiel ao início da minha carreira, em que sonhei ser professora. Mas, ainda que esta seja uma área exigente, é relativamente flexível, o que permite à mulher compatibilizar-se com as responsabilidades acrescidas que a sociedade, infelizmente, ainda lhe impõe perante os filhos e a família.” Para materializar as nuances da desigualdade de género que ainda persistem no sistema, Sandra Carvalho dá o exemplo comparativo com o marido, também ele académico e professor. “Quando comecei a ter reuniões na comunidade europeia, toda a gente me perguntava com quem ficavam os meus filhos. E a minha resposta era ‘com o pai, porque eles não são produção independente’. Quando fui para a Universidade de Coimbra, várias vezes me perguntaram se, de facto, ia deixar o meu filho em Braga e iria fazer as viagens para Coimbra. Ao meu marido nunca perguntaram pelos filhos, que tem os mesmos que eu. Tenho a certeza que se fosse o inverso, se ele estivesse nessas minhas situações, ninguém lhe perguntaria se deixou o filho em casa.”

Cecília Roque, professora na Universidade Nova de Lisboa, alinha-se com a justificação de Sandra para os dados apresentados. Há mais mulheres na ciência do que homens e, por isso, as estatísticas irão refletir esta realidade. Mas “porque é que há tantas mulheres em carreiras académicas e científicas?”. Cecília pergunta e responde: “Porque eu acho que isto é mal pago e os homens não se contentam com esta perspetiva de salário e tentam a indústria, algo que para as mulheres é mais difícil, não tanto no acesso, mas na subida de cargo.”

Helena Braga é professora no Departamento de Engenharia Física da Universidade do Porto e possui, atualmente, 16 patentes
(Foto: Carlos Carneiro/Global Imagens)

Quanto ao processo de patentear, Cecília Roque, atualmente com três registos de patente, admite nunca ter sentido alguma diferença de tratamento entre homens e mulheres. “Quanto às patentes não me parece que haja um viés de género, mas claro que devemos ter em atenção que uma mulher, até chegar ao ponto de patentear, teve que conseguir passar por muitos processos, quase todos dificultados, por uma ou outra razão, às mulheres.”

A ideia passada pelas cientistas e inventoras é corroborada por Ana Costa Freitas, presidente da AMONET – Associação Portuguesa de Mulheres Cientistas, que frisa que a percentagem de mulheres com patente em Portugal, ainda que positiva relativamente à Europa, está longe da igualdade. “Penso que este número nos poderá também indicar que as mulheres procuram formas de se afirmar, já que o sistema não lhes permite destacarem-se apenas pelo mérito. Por isso, patentear é uma forma de mostrar trabalho.” Ainda assim, os perto de 30% não representam fielmente a quantidade de produção científica por parte de mulheres, uma vez que, “na investigação, nas licenciaturas, nos mestrados e nos doutoramentos, a maioria das cientistas são mulheres”. O panorama fica menos igualitário quando se sobe na carreira. “À medida que subimos para professor convidado, auxiliar ou agregado, a percentagem de mulheres vai diminuindo. Se falarmos em catedráticos, então, a diferença é gritante.”

Sendo o mundo académico e científico ainda dominado por homens no que toca a cargos de avaliação e decisão, diz Ana Costa Freitas, as mulheres acabam por se sujeitar a poder ser avaliadas e julgadas perante um invés. Em suma, “é difícil ser cientista em Portugal, mas ser mulher cientista é ainda mais”.

Mas voltemos a Cecília. Tal como a patente do implante dentário de Sandra Carvalho, que não avançou para a fase seguinte (depois de patentear uma ideia, o objetivo comum é conseguir explorá-la e, se possível, comercializá-la), também a primeira ideia registada pela professora de Lisboa não saiu da academia. A patente consistia na inovação de materiais usados na purificação de biofármacos, utilizados para o tratamento, por exemplo, do cancro. “São, digamos, drogas de origem biológica que têm que ser purificadas para poderem ser administrado nos humanos.” A patente, registada por volta de 2003, não avançou para exploração porque, à época, uma empresa do Reino Unido já trabalhava com o tipo de moléculas que eram utilizadas.

Cecília Roque explica que, para se conseguir uma patente, “são avaliados três critérios: a novidade, a atividade inventiva e a aplicação industrial”. Depois de conseguir o cargo de professora na universidade e de montar o seu grupo de investigação, Cecília engrenou na forma de trabalhar com patentes. Hoje, tem duas em processo de exploração e comercialização.

Fazer resultados do negativo

Ainda sobre a relação entre as mulheres e a ciência, e em especial as patentes, é com uma certa dose de emoção, própria de quem é apaixonado pelo que faz, que Paula Oliveira, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD),justifica o porquê de tantas mulheres serem inventoras, independentemente das dificuldades profissionais, pessoais e societais que enfrentam. “Eu acho que as mulheres são criativas e têm uma leitura dos factos muito diferente da perspetiva de leitura dos homens. Generalizando, eles são mais objetivos, as mulheres olham para as coisas sobre diferentes prismas.” Formas diferentes de trabalhar e agir. Nem melhores nem piores do que as outras. “Eu digo isto pela minha experiência de reagir ao que foi o meu percurso. Quando, como mulheres, olhamos para os resultados tentamos sempre pensar o que é que tiramos de melhor proveito daquilo, mesmo que sejam negativos ou que tenham corrido mal.” O lema de trabalho de Paula é, por isso, “viver do insucesso”, palavra que repete, aliás, várias vezes. Quase que como se não acreditasse em todos os sucessos que já conquistou. “Qual é o meu sucesso? Talvez seja este, de conseguir tirar resultados de qualquer coisa. Já fiz trabalhos experimentais em modelos animais em que a taxa de mortalidade foi elevadíssima, mas, mesmo com esses resultados, consegui publicar artigos que hoje são referências.”

A dar aulas na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro desde os 20 anos, Paula Oliveira diz-se apaixonada pelo que faz. Tem uma patente registada e acredita que a criatividade e a perspetiva feminina são essenciais para haver tantas inventoras
(Foto: Rui Ferreira/Global Imagens)

Do esquadrão de cientistas que conhecemos, Paula é a que tem a primeira patente mais recente, com cerca de dois anos. O trabalho nela começou, no entanto, ainda em 2014. O objetivo da investigação que então decorria, consequente de uma bolsa sobre outro tema, era avaliar o efeito de um composto no tratamento do cancro da bexiga. “No entanto, a colega que recebeu as amostras enganou-se na definição dos parâmetros a serem avaliados e, afinal, acabamos por verificar, por mero acaso, que aquele composto era benéfico na redução do colesterol.” Foi um acaso feliz. E cientificamente produtivo. Ou seja, patentearam aquele extrato associado àquelas propriedades terapêuticas. “Se a colega não se tivesse enganado naquele perfil, nunca tínhamos tido a patente.”

Os processos de patenteamento são descritos por todas como morosos e custosos (financeiramente e em recursos humanos). Apesar dessas dificuldades, Paula Oliveira recorda todo o processo de forma positiva. “Eu até achei fácil, porque tinha o suporte das colegas. E isso foi fundamental para conseguir fazer o registo, e, depois, a argumentação e defesa. Para mim o segredo do registo de patentes é esse: uma equipa unida e que se ajuda.”

Paula Oliveira como que repete a história de Sandra e Cecília, sempre quis ser professora universitária. Além disso, o fascínio pela ciência e pela descoberta do funcionamento dos organismos ficaram marcados ainda durante o Ensino Básico, com todas aquelas experiências que se promovem nas aulas. “Tinha um amigo na altura que, ainda hoje, volta e meia, faz uns comentários aos prémios que vou ganhando ou às conquistas que vou tendo, e ele diz sempre que ‘já conhecia a cientista que havia em mim há muitos anos’. Notou primeiro do que todos. O meu caminho já estava ali definido.”

Licenciou-se em Medicina Veterinária. Foi mentora ainda durante o curso. Terminou com uma nota elevada, que lhe permitiu entrar numa vaga de assistente estagiária logo de seguida. “Ou seja, eu já dou aulas aqui na UTAD desde os 20 anos, portanto, há 31.” O mestrado em Oncologia, lembra, “correu mal em tudo o que havia para correr”. “Porque eu tinha o objetivo de induzir cancro da bexiga e não consegui. E concluo o mestrado, com uma nota muito boa, e com elogios do Instituto Português de Oncologia, mas que não me fez acreditar no meu trabalho. Eu pensei para os meus botõezinhos, ‘Paula, tu não vais voltar a fazer isto porque isto correu tão mal, decididamente não é esta a tua área’.” Houve ainda um congresso, onde apresentou os resultados do mestrado, os tais que considerava que tinham sido maus, e, aí, “se o mestrado não tinha chegado aos resultados, aquela apresentação foi horrível”. “Tudo correu mal, desde a lixívia que me caiu na roupa à entrada do hotel, à apresentação que passou de oito para três minutos.” Saiu de lá revoltada. Com a certeza que não voltaria àquela investigação. Até que, quatro dias depois, especifica com todo o pormenor, indicam-lhe que, no tal congresso que olhava como a desgraça das desgraças, recebeu o prémio de melhor comunicação oral. As provas foram-se suplantando à falta de confiança e, hoje, a professora avalia produtos naturais em modelos de doença. Fá-lo desde 2010 e é uma referência na área.

“Se eu tivesse tido uma patente no primeiro ano em que trabalhei, não era a mesma Paula. E por isso tenho orgulho naquilo que faço, porque, como costumo dizer, quando vivemos de insucesso, vivemos da honestidade. E quando contamos a história, podemos contar a história com o copo vazio, com o copo cheio ou com o copo meio cheio, não é? Depois, só temos que dizer ‘mais cinco’.” E o tal amigo de Paula, esperemos, irá dizer agora, com certeza, que nada nestas linhas o surpreendeu. E que desde sempre soube que ela estaria na ciência para conquistar o seu caminho.